Liah Soares vem a Brasília para apresentação e encontro com Ana Lélia
Em entrevista ao Metrópoles, cantora falou sobre importância do The Voice em sua carreira e relação com a capital federal
atualizado
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Dez anos após estrear na primeira temporada do The Voice Brasil, Liah Soares segue uma trajetória invejável. Em 2020, realizou o sonho que muitos artistas têm: cantou ao lado do rei Roberto Carlos, a convite dele; a música eleita foi A Cor do Amor, que embala a trilha sonora de Um Lugar Ao Sol, atual novela das 21h. No mesmo ano, sua faixa Só Pensando em Você foi regravada por Marília Mendonça e a dupla Maiara e Maraisa, no disco As Patroas. A artista virá a Brasília para se encontrar com a colega Ana Lélia e se apresentar no Hospital Sarah Kubitschek.
De 2012 para cá, quando foi finalista do reality ao lado de Ellen Oléria, a cantora paraense emplacou oito músicas em folhetins da Globo e dezenas de composições eternizadas por outros artistas, incluindo Ivete Sangalo, Elba Ramalho, Wanessa, Maria Gadú, Rick e Renner e Ivan Lins. Só para Sandy e Junior, ela compôs os hits Desperdiçou, Nada Vai me Sufocar, Nada é por Acaso, entre outros.
“Como muita gente que passou pelo The Voice, eu já tinha meu trabalho autoral, já havia lançado disco. Sempre encarei o programa como uma oportunidade de mostrar meu trabalho como intérprete, como mais uma etapa. Sempre foi assim, step by step”, lembra Liah em entrevista ao Metrópoles.
Para a artista, o reality musical foi um marco importante na carreira, mas o sucesso só aconteceu porque seu objetivo não era impressionar o público ou os jurados.
“Claro que a gente tem que mostrar voz e técnica em um reality, mas nunca deixei de seguir minha intuição. E ela sempre me disse que o importante era que eu me emocionasse fazendo aquilo. Foi assim que as coisas aconteceram. Porque, se uma coisa me toca, me emociona, ela também pode tocar outras pessoas. Eu falo isso do repertório ao arranjo. Sempre quis mostrar algo novo. Cantei Legião Urbana de um modo diferente no programa. Sei que é arriscado ousar em um clássico, mas eu canto pra mostrar minha identidade.”
A canção mencionada por Liah foi Tempo Perdido. Natural do Pará, Liah queria iniciar a vida na música em São Paulo, mas o pai, comerciante, achou melhor começar por Anápolis, cidade a 140 quilômetros da capital federal. “Morei lá uns seis meses, até ter certeza que precisava ir mesmo pra São Paulo. Na época, não dava pra lançar música de qualquer lugar, como é hoje. Mas foi um tempo bom e eu cantei muito em Brasília, como anônima. Tenho um grande carinho pela cidade”, diz.
Inspiração
Liah Soares, aliás, cumpre agenda no DF. Além de um show exclusivo para pacientes do Hospital Sarah Kubitschek, ela tem um encontro marcado com a cantora brasiliense Ana Lélia, que embalou a trilha de Malhação, com Baby Don’t Go Away. “Eu gosto de conhecer as pessoas, o que está rolando na cena local. É importante essa troca”, diz a paraense.
Quem fez a ponte foi o agente de Liah, Edgar Albuquerque – que, por coincidência, é amigo de Ana Lélia. As duas se reuniram no Girassol Studios. “Sou muito fã do trabalho da Liah, que, além de cantora, é uma grande compositora”, elogia Ana Lélia. “Como comecei a compor há pouco tempo, vejo a Liah como inspiração para mim. Acho muito legal essa coisa de você se espelhar em outra mulher que está em evidência”, completa.
A cantora não descarta que o encontro na Girassol Studios, de propriedade de Ana, vire uma parceria futura. “Estou superanimada para conhecê-la! Amei essa nova música, esse lançamento A Cor do Amor, com Roberto Carlos, e imagino o tamanho da emoção de cantar e gravar ao lado do rei. Que honra!”, conclui Ana Lélia.