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Leia a crítica, ouça o disco: Elza Soares, Criolo, Hamilton de Holanda

Representantes de três gerações da boa música brasileira, a cantora, o rapper e o bandolinista chegam ao mercado com excelentes novidades

atualizado

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musica.uol.com.br/Reprodução
Rapper paulista Criolo
1 de 1 Rapper paulista Criolo - Foto: musica.uol.com.br/Reprodução

Elza canta e chora Lupi“Elza Canta e Chora Lupi”
Gravado em dezembro de 2014 no Theatro São Pedro, em Porto Alegre (RS), o registro só foi lançado em formato de DVD no início deste ano e, há algumas semanas, chegou nas plataformas virtuais. Injustamente, falou-se muito pouco de “Elza Canta e Chora Lupi”. O projeto é mais uma obra-prima de Elza Soares, que ainda colhe os louros do disco “A Mulher do Fim do Mundo” – um dos melhores lançamentos de 2015. Com direção musical do saxofonista Eduardo Neves, o trabalho caminha para o jazz na maior parte do repertório, a exemplo de “Esses Moços” e “Volta”. O samba-canção “Quem Há de Dizer” volta às raízes em arranjo totalmente fundado em bolero. Por último, vale destacar “Caixa de Ódio”, em ritmo de marchinha, saudando os amores e as dores de Carnaval.

Avaliação: Ótimo.
Disponível no SpotifyDeezer.

Reprodução

“Ainda Há Tempo”
Quando lançou “Nó na Orelha”, em 2011, Criolo (foto no alto) pensava na aposentadoria e essa seria sua obra derradeira. Mas o destino surpreende. Foi ali que o rapper paulista ganhou projeção nacional e internacional, alcançando status de “um dos melhores artistas do país”. Porém, a qualidade do trabalho do artista é inquestionável. Prova disso é o disco “Ainda Há Tempo”, lançado em 2006 e revisitado agora, 10 anos depois. As letras, sempre inspiradas, vêm com novos arranjos de Daniel Ganjaman, parceiro inseparável de Criolo. O álbum é excelente e só comprova a maturidade de um músico constantemente conectado com as questões político-sociais do país.

Avaliação: Muito bom.
Disponível no iTunes, Spotify e Deezer.

 

Biscoito Fino/Reprodução

“Samba de Chico”
Hamilton de Holanda é um artista com raízes no erudito. Há algum tempo, o bandolinista também tem transitado no pop e no popular – como é possível ouvir nas edições do Baile do Almeidinha e nas participações nos Sambabooks –, coroando essa faceta mais “acessível” com o disco “Bossa Negra”, ao lado de Diogo Nogueira. Depois de tributos a Pixinguinha, Hermeto Pascoal e Egberto Gismonti. Hamilton se debruça na obra de Chico Buarque e no samba, gênero que o acolheu tão bem. Sem medo de errar, aposta em novos arranjos, deixando “Quem Te Viu Quem Te Vê” e “Morena da Angola”, entre outras, quase irreconhecíveis. As participações especiais do álbum parecem ter sido escolhidas a dedo, tamanha precisão e harmonia entre intérpretes e músicos. A catalã Sílvia Pérez Cruz canta “Atrás da Porta” e “O Meu Amor”; e Chico Buarque em “A Volta do Malandro” e “Vai Trabalhar Vagabundo” – a última, com piano de Stefano Bollani, italiano com quem Hamilton gravou disco “O Que Será” (2013).

Avaliação: Muito bom.
Disponível no iTunes, SpotifyDeezer.

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