Leia a crítica, ouça o disco: Blood Orange, DJ Shadow e Steven Tyler
Nesta semana, a coluna de discos internacionais comenta lançamentos de rock, hip-hop e R&B
atualizado
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Nossa coluna de discos internacionais retorna nesta segunda (25/7) e comenta três lançamentos de estilos distintos. Reunindo timbres de música eletrônica e R&B, o inglês Dev Hynes chega ao terceiro disco sob a alcunha Blood Orange em “Freetown Sound”.
Conhecido nome dos anos 1990, DJ Shadow tenta soar contemporâneo em seu novo trabalho, “The Mountain Will Fall”. Por fim, damos pitacos sobre “We’re All Somebody from Somewhere”, o CD solo de estreia do veterano roqueiro Steven Tyler (foto no alto), vocalista da banda Aerosmith.
Leia e ouça:
Blood Orange – “Freetown Sound”
Inventivo artista inglês, Dev Hynes assina um dos discos mais ricos e envolventes do ano. Ele transita com facilidade por R&B, synthpop e funk. Um disco que soa ao mesmo tempo retrô e absolutamente original em suas paragens sonoras. Discreto, mas sedutor.
Misturando crônica pessoal – Freetown é a cidade natal de seu pai, em Serra Leoa – e opinião política, o terceiro disco sob a alcunha Blood Orange faz observações sobre racismo e homofobia. Todo esse discurso vem embalado em uma sonoridade esperta, capaz de aproximar um espírito meditativo e inquieto de uma estética pop, mas nada careta.
Avaliação: Ótimo
DJ Shadow – “The Mountain Will Fall”
Autor do influente disco “Endtroducing…..” (1996), todo produzido a partir de samples de músicas de outros artistas, DJ Shadow tenta atualizar seu hip-hop no novo e quinto álbum da carreira.
Mais coeso que o anterior, “The Less You Know, the Better” (2011), “The Mountain Will Fall” dá mais consistência ao hip-hop instrumental pensado por Shadow – uma sonoridade muito filiada aos discos do Beastie Boys. Ele flerta com o eletrônico atual, faz pelo menos uma boa parceria (com o duo Run the Jewels), mas registra resultados moderados, pouco marcantes.
Avaliação: Regular
Steven Tyler – “We’re All Somebody from Somewhere”
O que acontece quando um roqueiro veterano decide, aos 68 anos, fazer um disco solo de música country? É a pergunta que qualquer um se faz diante da primeira experiência de Steven Tyler,líder da banda Aerosmith.
A voz aguda e arranhada de Tyler soa até apropriada para canções country. Mas o problema do disco está todo no excesso de embelezamento das canções, algumas delas mais parecidas com sobras acústicas de um CD do Aerosmith do que registros de uma aventura/pesquisa solo. O cantor também não tenta nada além de um rock rural meramente radiofônico.
Avaliação: Ruim