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Leia a crítica, ouça o disco: Bat for Lashes, Blink-182 e Swans

Nesta edição da coluna internacional de discos, analisamos lançamentos de pop punk, indie e rock experimental

atualizado

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Blink-182
1 de 1 Blink-182 - Foto: Reprodução/Facebook

Nossa coluna quinzenal de discos internacionais retorna nesta segunda (11/7), com lançamentos para públicos variados. A cantora indie inglesa Natasha Khan, que assina como Bat for Lashes, chega ao quarto disco, “The Bride”. Com Matt Skiba, novo vocalista desde o ano passado, o Blink-182 tenta reencontrar o pop punk de tempos passados em “California”.

Por fim, falamos sobre o mais recente CD da veterana banda experimental Swans. “The Glowing Man”, com quase duas horas de duração, reúne novas digressões líricas e instrumentais do grupo nova-iorquino.

Leia e ouça:

 

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Bat for Lashes – “The Bride”
Uma noiva vai sozinha para a lua de mel após a morte do noivo num acidente de carro. A partir deste conceito, a cantora Natasha Khan, que assina como Bat for Lashes, cria um conjunto sofisticado de canções sobre amor e suas muitas interpretações.

Se a narrativa soa original, as faixas parecem um pouco sufocadas pela estrutura de disco conceitual. Falta um pouco da espontaneidade de discos passados, como “Two Suns” (2009), ou a agressividade de “The Haunted Man” (2012). Mesmo assim, a Bat for Lashes consegue ilustrar a tragédia por meio de “I Do”, “Never Forgive the Angels” e alguns outros bonitos barroquismos.

Avaliação: Bom

 

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Blink-182 – “California”
Puxados pelo hit “Bored to Death”, primeiro sucesso da banda em mais de uma década, os reis do pop punk iniciaram nova fase ano passado, com a saída tumultuada do vocalista Tom DeLonge e a entrada de Matt Skiba. A recente mudança só reforça a crise criativa da banda, órfã de algum frescor desde a morte do produtor Jerry Finn, em 2008.

Antes um sucesso radiofônico com canções punk inofensivas, o Blink hoje é reduzido a uma fórmula preguiçosa de refrões fúteis e melodias que parecem de uma banda iniciante. Pensado como um tributo à terra natal da banda, a Califórnia, e produzido por John Feldmann, o disco quer ser instintivo e direto.

Pelo contrário: é a tomada de pulso de uma banda congelada no ano 2000, presa a rascunhar réplicas de “All the Small Things” e “I Miss You”.

Avaliação: Ruim

 

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Swans – “The Glowing Man”
Quarto disco desde a retomada da banda, em 2010, “The Glowing Man” reúne elementos já característicos do sexteto: melodias cíclicas, inebriantes digressões instrumentais e ruídos vocais. A duração do álbum pode afastar ouvintes iniciantes: 118 minutos – e nem é dos CDs mais longos dos nova-iorquinos. Mas há nisso também um poderoso encanto.

O Swans exala uma vitalidade impossível de ignorar mesmo em suas experimentações mais cerebrais – caso da faixa-título, que quase bate 29 minutos.

Michael Gira, guitarrista, vocalista e fundador, conduz a instrumentação a níveis interessantes de rigor estilístico, intuição e urgência – uma harmonia difícil de alcançar. A atual formação deve se dissolver após a turnê de “Glowing Man”: um até logo com jeito de seja bem-vindo.

Avaliação: Ótimo

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