Jukebox Sentimental: R.E.M comemora 25 anos de disco fundamental
“Automatic For The People” é referência da produção musical do grupo
atualizado
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Então é isso. São 25 anos de “Automatic For The People”, do R.E. M. As celebrações em torno do disco, lançado em outubro de 1992, não param. Depois da luxuosa edição comemorativa com 20 faixas demos raríssimas, registros ao vivo da época do álbum e livro com fotos de bastidores e detalhes das gravações, o grupo anunciou, no início deste mês, detalhes do documentário sobre a criação do disco fundamental da carreira do grupo.
Ainda sem data de lançamento, o filme conta com depoimentos do vocalista Michael Stipe, do guitarrista Peter Buck e do baixista Mike Mills, além do produtor Scott Litt e do ícone John Paul Jones, do Led Zeppelin, responsável pelos arranjos de cordas do CD. Desde 1997 fora da banda, o baterista Bill Berry se esquivou do projeto.
Crítica à família Bush…
O oitavo disco de estúdio da banda de rock alternativo, criada no início dos anos 1980, “Automatic For The People” tinha áurea folk-pop elegante e melancólica. A produção elevou o grupo à esfera global da música. Sucesso de crítica e de público, o álbum é um atestado de maturidade.
Com três faixas no Top 40 nos Estados Unidos, o CD traz algumas das músicas mais queridas e famosas do R.E.M. Entre elas, “Man On The Moon”, uma homenagem do líder Michael Stipe ao comediante Andy Kaufman, morto precocemente em 1984. “Ei Andy, você ficou sabendo sobre isso?/Diga-me, você está encolhido num soco?/Ei Andy, você está curtindo Elvis”, canta o vocalista.
A pegajosa e tristonha “Everybody Hurts” nasceu de brincadeiras do baterista Bill Berry com outros instrumentos no estúdio. “Bill escreveu a maior parte disso. Ele entrou com os acordes no violão”, revelou o baixista Mike Mills, em entrevista à “Melody Maker”.
Reza a lenda que a letra escrita por Stipe era um alerta contra a onda de suicídio entre os jovens. Por ironia do destino, “Automatic For The People” estava entre os álbuns que o líder do Nivarna, Kurt Cobain, mais escutava antes de se matar com um tiro, em abril de 1994. O clipe da música foi dirigido por Jake Scott, filho do cineasta inglês Ridley Scott.