metropoles.com

Jukebox Sentimental: primeiro disco do Led Zeppelin completa 50 anos

Gravado e lançado em 1969, álbum de estreia da banda lançou a semente do heavy metal

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação
Led Zeppelin em 1969 2
1 de 1 Led Zeppelin em 1969 2 - Foto: Divulgação

É a tal história. O primeiro Led Zeppelin a gente nunca esquece. Sobretudo quando o álbum responsável por lançar a semente do heavy metal completa 50 anos neste mês. Intitulado apenas com o nome da banda, o registro surgiu oficialmente primeiro nos EUA, durante turnê pela América dos rapazes que, por conta de treta judicial com a família dona dos dirigíveis, ainda se chamavam New Yardbirds, alusão à primeira banda do guitarrista, Jimmy Page.

Só dois meses depois é que o grupo, agora devidamente usando o nome Led Zeppelin, lançaria o registro em casa, a Inglaterra, e – para o bem ou para o mal – foi aquela explosão! Isso porque a crítica especializada tomou um susto, classificando o disco como “muito barulhento”. Começava assim a tensa relação do Led Zeppelin com a imprensa. Uma pena, porque, para muitos especialistas, foi o trabalho que, de certa forma, norteou o som do rock setentista.

“Gravamos um disco que mostrava exatamente em que ponto estávamos naquela época”, lembraria o guitarrista, Jimmy Page, numa entrevista três décadas depois. “Nossa música é essencialmente emocional, como as velhas estrelas de rock do passado”, defenderia o artista numa entrevista em fevereiro de 1970, quando, com apenas dois discos na praça, o grupo já era tido como a grande sensação do pedaço.

Quatro elementos da natureza
Um dos pesos-pesados da música mundial, com mais de 300 milhões de discos vendidos, a banda sintetizou em nove ruidosas faixas desse álbum de estreia a fórmula de um dos subgêneros do rock mais populares entre os jovens. Ou seja, tocar cada vez mais alto e pesado, usando e abusando das distorções nos riffs das guitarras. A capa, com imagem do dirigível que matara 35 dos 97 passageiros em 1937, foi bolada por Page e o artista gráfico George Hardie.

Criado pelo escritor beatnik William S. Burroughs, o termo heavy metal seria imortalizado pelo Steppenwolf em Born to Be Wild, nos versos: “Eu gosto de fumaça e relâmpagos / O trovão do heavy metal / Correndo com o vento / E o sentimento que ele provoca em mim”. Na imprensa, a expressão começou a circular no final dos anos 1960, quando bandas como Cream, The Who, The Jeff Beck Group e The Jimi Hendrix Experience aumentaram os volumes das guitarras.

Então formado por Jimmy Page, ex-guitarrista dos Yardbirds com ampla experiência como músico de estúdio, o Led Zeppelin – Robert Plant (vocal e harmônica), John Paul Jones (baixo & teclados) e John Bonham (bateria) – era uma dessas bandas “barulhentas” que, com seu som pesado e atípico, transformou-se rapidamente num fenômeno cultural e musical de massa.

Com produção do próprio Page, o disco gastou apenas 36 horas de gravações nos estúdios Olympic, em Londres, para entrar para a história. Isso porque a mistura eficiente de blues da melhor qualidade com folk eletrificado, riffs cheios de personalidade e vocais explosivos estava muito bem ensaiada. Das nove faixas, duas são releituras bem particulares de clássicos do bluesman Willie Dixon: You Shook Me e I Can’t Quit You Baby.

O álbum abre com a arrepiante Good Times, Bad Times, marcante pela possante combinação de baixo e bateria. Babe I’m Gonna Leave You, canção folk de uma universitária californiana gravada por Joan Baez, ganha versão poderosa potencializada pela guitarra alta de Page e a voz lasciva de Plant. É daquelas típicas pseudobaladas zeppelianas que vão num crescendo a cada minuto. O blues hipnótico Dazed and Confused renderia um processo de plágio contra Page.

Canção predileta do guitarrista Slash, do Guns N’ Roses, Your Time Is Gonna Come, talvez a melhor faixa do disco e uma das melhores do Zeppelin, narra a história de perdição de uma garota infiel. Encanta não apenas pela introdução mágica de órgão de John Paul Jones, mas também pelo viciante pedal steel guitar de Page – que, acompanhado apenas de violão e uma tabla (instrumento indiano), manda ver na instrumental e mística Black Mountain Side.

Faixa mais violenta do álbum, Communication Breakdown mostra todo o virtuosismo de Page nas guitarras, enquanto a épica How Many More Times, construída a partir de pequenos pedaços criados pelo músico em sua fase Yardbirds, denuncia a química perfeita da banda em ação, como se cada um fosse os quatro elementos da natureza. Gravado em outubro do mesmo ano, Led Zeppelin II, o álbum seguinte, faria a banda decolar…

… Mas daí essa já é uma outra história…

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?