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Jukebox Sentimental: Kurt Cobain, o porta-voz da juventude descontente

Uma exposição e filmes mantêm vivo a conturbada trajetória de um dos nomes mais importantes do rock

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Kurt Cobain
1 de 1 Kurt Cobain - Foto: Reprodução

Se vivo fosse, Kurt Cobain completaria 50 anos em fevereiro. Contudo, passados mais de duas décadas da morte do líder do Nirvana, banda símbolo do movimento grunge, tanto o artista de alma atormentada, quanto a cena roqueira indie, que ajudou agitar nos anos 1990, continuam em evidência. Prova disso está na euforia com que fãs de todo o país vêm prestigiando a exposição: “Nirvana: Taking Punk To The Masses”, aberta em junho no Brasil.

No Rio de Janeiro, a mostra — atração por seis anos no The Museum of Pop Culture de Seattle (MoPOP), em Washington, estado natal do grupo –, pode ser conferida até 22 de agosto, no Museu Histórico Nacional. Depois segue para o lounge da Bienal de São Paulo, onde permanece de 12 de setembro a 12 de dezembro.

Entre as dezenas de fotos, vídeos e objetos raros exibidos na exposição, chamam atenção a guitarra azul Mustang 1969 e a blusa verde que Cobain usou no clipe da icônica faixa “Smells Like Teen Spirit”. Mas nenhumas dessas relíquias pessoais são capazes de captar, na sua essência, a complexa, confusa e perturbada vida do artista: um porta-voz da juventude descontente.

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“Eu sou pior no que faço de melhor”, berrava o vocalista na canção mais famosa da banda.

Vídeos caseiros raros
Pois bem, três documentários exibidos no portal Netflix dão a chance de mergulhar fundo no mar sombrio dessa banda cheia de ódio, comandada por um jovem atormentado por demônios incansáveis desde a infância.

A cereja do bolo, sem dúvida, é “Montage of Heck”, de Brett Morgen. Lançado em 2015 pela HBO, o filme, exibido inclusive nos cinemas, parte de farto material inédito cedido pela família do artista, como diários, desenhos e vídeos caseiros.

Com acesso privilegiado à intimidade de Cobain, Morgen construiu um intricado e delicado mosaico, revelando como uma criança feliz teve a vida despedaçada pela separação dos pais aos nove anos. Um episódio triste que o transformou num adolescente cheio de culpa e vergonha, norteado por sentimentos de solidão e abandono.

Basicamente rejeitado pela família numa fase crucial da vida, o jovem Cobain, que num período de um ano se mudou para a casa de vários parentes, entregou-se precocemente às drogas. Mas também à fuga da música, hipnotizado pelo som sujo dos Stooges e do punk rock agressivo dos Black Flag e Sex Pistols. “

Uma produção da BBC, “All Apologies: Kurt Cobain”, dirigida por Jen Brewer, faz reflexão sobre o legado da banda após os 10 anos da trágica morte do líder do Nirvana, que se suicidou em abril de 1994. Em dado momento da fita, um crítico britânico comenta o quanto Kurt foi hipócrita na sua relação com a imprensa, quando negava não ser junkie.

Um dos primeiros documentários realizados após o furacão Nirvana, “Kurt & Courtney” (1998), também uma produção da BBC, explora com sensacionalismo desastroso as baixarias e imbróglios em torno da morte de Cobain. A linha narrativa do filme dirigido pelo experiente jornalista Nick Bromfield, segue a ideia de que o roqueiro não teria cometido suicídio, mas assassinado a mando da esposa.

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