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Jukebox sentimental: Elvis Presley foi a primeira divindade do rock

O cantor, que morreu há 40 anos, permanece vivo na mente e no coração dos amantes da música

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Elvis 2
1 de 1 Elvis 2 - Foto: Reprodução

Passados 40 anos de sua morte, uma certeza permanece: Elvis Presley foi a primeira divindade do rock. A figura do cantor segue viva no coração e na mente das pessoas. Nascido na pequena Tupelo, no Missisipi, em 8 de janeiro de 1935, o astro ouvia uma grande variedade de estilos musicais. Uma amálgama de sons e referências refletidas em sua versatilidade musical.

“Finalmente, depois de assinar com a gravadora RCA, Presley criou a sua versão singular para o rock and roll clássico. Progressivamente, foram os três r: raízes, rockabilly e rock and roll”, escreveu Paul Friedlander em, “Rock And Roll: Uma História Social”.

Em 1948, em busca de uma vida melhor, o pai do astro, Aaron Presley, botou as tralhas da família num carro e partiu com todos para Memphis. Lá, foram morar num conjunto habitacional do governo, o Lauderdale Courts. Na escola, Elvis foi um aluno tímido que, no último ano do secundário, começou a desabrochar artisticamente. Um dia, então, abiscoitou o prêmio nacional de talentos promovido pelas escolas.

O emprego de caminhoneiro na Crown Electric, conquistado após concluir o segundo grau, parecia ser a grande oportunidade na vida. Porém, em 1953, o beijo da sorte sorriu para ele. Foi quando, por apenas US$ 3,98, gravou um disco de 48 rotações com as canções: “My Happiness” e “That’s When Your Heartaches Begin”, ambas do grupo popular de negros, Ink Spots. Sua trajetória começou a mudar vertiginosamente. A história da música também.

“Se eu conseguisse encontrar um branco que tivesse o som negro e o feeling negro, eu poderia ganhar um bilhão de dólares”, era a frase que uma assistente da gravadora Sun Records, Marion Keisker, vivia ouvindo do patrão Sam Phillips. Quando ouviu a voz e o estilo desse jovem, ela não titubeou e anotou o telefone do vizinho de Elvis. O resto é história.

O cara certo, no lugar e na hora certa
Uma confluência de fatores contribuiu para que, em meados dos anos 1950, Elvis estourasse como um dos primeiros grandes ídolos da juventude em escala nacional. Elvis começa a se consolidar em um momento no qual cantores negros tinham dificuldades em construir carreira nos Estados Unidos marcado pelo preconceito racial.

Pesou o fato de ele ter um talento nato e a habilidade quase mediúnica de fundir elementos da música negra e branca, como o blues e o country. Uma mistura tão improvável quanto bem-sucedida, que culminou num viés comercial poderoso. Outro elemento era o sex appeal selvagem do artista, potencializado por visual chocante para época que exalava rebeldia e sensualidade. As apresentações ao vivo de Elvis eram arrebatadoras.

Um dos artistas mais influentes de todos os tempos, com mais de 1 bilhão de discos vendidos em todo o mundo e mais de 100 canções emplacadas nas paradas de sucesso, Elvis foi o símbolo máximo da rebeldia juvenil. Lançado em março de 1956, seu álbum de estreia, intitulado apenas “Elvis Presley”, é um marco da indústria fonográfica, fazendo a cabeça de jovens no mundo inteiro, entre eles quatro rapazes de Liverpool e um baiano arretado de Salvador, chamado Rauzito.

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