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Jukebox Sentimental: biografia destrincha a vida de Raphael Rabello

O Violão em Erupção conta a trajetória do surpreendente e precoce músico

atualizado

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Acervo Raphael Rabello/Divulgação
Raphael Rabello_Crédito_Acervo Raphael Rabello
1 de 1 Raphael Rabello_Crédito_Acervo Raphael Rabello - Foto: Acervo Raphael Rabello/Divulgação

Assim como naquele verso de William Shakespeare que inspirou título da obra mais conhecida do xará norte-americano, William Faulkner, a vida do violonista Raphael Rabello (1962-1995) foi cheia de som e fúria. Literalmente. Assim demonstra a biografia do instrumentista lançada, recentemente, pela editora 34.

Raphael Rabello – O Violão em Erupção é escrito pelo jornalista Lucas Nobile. Com vasta experiência no segmento, publicando textos sobre o tema em veículos de peso como Folha de São Paulo, Estadão, revistas Bravo! e Rolling Stone, o autor tomou um susto quando se debruçou sobre o projeto.

“Quando fui pesquisar sobre a obra de Raphael Rabello pela primeira vez, havia um vazio informativo enorme – com informações esparsas e equivocadas pela internet”, conta Nobile, em entrevista ao Metrópoles. “Agora, quem for pesquisar sobre ele encontrará algo mais consolidado, organizado e substancial”, garante.

Ao longo das 350 páginas do livro, o autor traz em detalhes a trajetória do instrumentista precoce que revolucionou a técnica do violão no Brasil, mas também a importância e riqueza sonora de gênero pouco conhecido do grande público e seus grandes mestres: figuras como Jacob do Bandolim, Radamés Gnattali e Dino 7 cordas.

O Raphael, com 13 anos, já tinha uma maturidade musical impressionante, não só do violão, mas no sentido completo do que era a música

Yamandu Costa

Jovem e perturbador
As raízes paraibanas, os dias de menino travesso em Petrópolis (RJ), a convivência orgânica com a música num ambiente sortido de discos que iam do erudito ao popular, o primeiro contato com o violão Di Giorgio, aos sete anos. Está tudo no livro. Também há a idiossincrasia de cultivar amizades com pessoas tendo o dobro ou mais de sua idade, a profissionalização, as parcerias gloriosas e a prematura morte em abril de 1995.

A curta carreira de Raphael foi meteórica. A primeira gravação profissional se deu aos 13 anos, e, aos 15, gravaria seu primeiro LP integrando Os Carioquinhas. Em 1982, o menino que sonhava tocar um violão de “8 cordas”, estreia em disco solo, Rafael 7 Cordas. Além dos 19 discos gravados (seis póstumos), participou de cerca de 600 faixas de artistas no Brasil e exterior. Gente como Ney Matogrosso, Tom Jobim, Dona Ivone Lara, Paco de Lúcia e até Paul Simon.

Para escrever o livro, Lucas Nobile, que tem como hobby tocar cavaquinho, entrevistou mais de 130 pessoas com quem Raphael trabalhou e conviveu, chafurdando com gosto e prazer em documentos, matérias, artigos e críticas sobre o garoto prodígio que deslumbrou a cena musical desde que começou a dedilhar com maestria e técnica sem igual seu violão mágico.

O repertório de clássicos do gênero que fizeram a cabeça de Raphael também serviu de guia.

“Ele não era apenas o mais jovem, era o mais perturbador”, lembraria, anos mais tarde, o respeitado crítico Zuza Homem de Mello, quando o viu pela primeira vez, com seus 13 ou 14 anos, lá nos idos dos anos 1970, no aliciante botequim suburbano do bairro da Penha Circula.

Raphael Rabello – O Violão em Erupção
De Lucas Nobile. Editora 34. 350 páginas, R$ 64

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