metropoles.com

Jukebox Sentimental: 2017 marca 50 anos de brilhantismo do The Doors

Disco clássico de uma das maiores bandas de todos os tempos ganhou edição comemorativa

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
The Doors 3
1 de 1 The Doors 3 - Foto: Reprodução

Meio que menestréis urbanos do lado escuro da ensolarada Califórnia, os Doors, que emergiram no olho do furacão do movimento hippie/psicodélico, entraram no estúdio para gravar o primeiro álbum da banda em agosto de 1966. Após uma confusão com o dono da casa de show Whisky a Go Go, o grupo assinou contrato com a Elektra.

Na época, eles não tinham empresário nem procurador. O que obrigou o pai do guitarrista Robby Krieger a convocar o advogado da família, um experiente profissional de Beverly Hills chamado Max Fink. Burocracia ajustada, era só colocar as emoções para fora no Sunset Sound Studios, sob a batuta do experiente produtor Paul A. Rothchild.

“The Doors” (1967) ganhou edição comemorativa de 50 anos em março deste ano. O clássico álbum traz mistura original de estilos que já vendeu mais de 10 milhões de cópias e influenciou gerações. Entre os admiradores do grupo, estava Renato Russo. Também Ian McCulloch, do Echo & The Bunnymen, U2, Duran Duran e, veja só, Chester Bennington, vocalista do Linkin Park que se suicidou recentemente. É dele o prefácio do livro “The Doors por The Doors”, lançado em 2010, pelo jornalista Ben Fong-Torres.

“Tinha 13 anos quando ouvi ‘Break On Through’ pela primeira vez; não tinha ideia de quem era os Doors ou do impacto que sua música teria sobre mim”, observa Bennington.

Para celebrar ainda os 50 anos do surgimento da banda e dessa grande obra, será lançada, em setembro, a coletânea “The Singles” com canções gravadas pelo grupo que não entraram nos álbuns oficiais: “Easy Ride”, “Runnin’ Blue”, “Do It”, “The Piano Bird”.

Um poeta entre o céu e o inferno
O híbrido caldeirão de impressões que definiria a personalidade sonora da banda, sintetizado no primeiro álbum, tinha como epicentro o vocalista Jim Morrison que, aos 16 anos, já era entendido em Nietzsche, Rimbaud e William Blake. No palco, exibia um sex appeal selvagem que revelava, por meio de letras simbólicas, um poeta cuja alma parecia estar atormentada entre o céu e o inferno.

Já o baterista John Densmore, fã de blues, jazz e bossa nova, era o motor incansável da banda, com destreza implacável no comando das baquetas. Guitarrista com influências de música flamenca e cítara indiana, Robby Krieger tirava um som exótico de seu instrumento ao não usar palhetas. O ar de parque de diversões meio infantil e sombrio foi criado pelo pianista Ray Manzarek.

O próprio nome do grupo, pinçado de um poema do britânico William Blake (1757 – 1827), evocava uma filosofia inusitada. “Se as portas da percepção fossem purificadas, cada coisa apareceria ao homem como é – infinito”, escreveu o inglês. “Nada é tão eterno quanto a poesia e a música”, refletiria Morrison, no auge da fama.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?