João Donato será velado nesta terça, no Theatro Municipal do Rio
Ícone da bossa nova e da MPB, João Donato faleceu na madrugada dessa segunda-feira (17/7), aos 88 anos, no Rio de Janeiro
atualizado
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O velório do instrumentista, cantor e compositor João Donato, que morreu na madrugada dessa segunda-feira (17/8), aos 88 anos, será realizado nesta terça-feira, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A despedida está marcada para ocorrer entre 11h e 15h. Após o velório, o corpo será cremado no Memorial do Carmo, em cerimônia reservada para a família.
Considerado um dos nomes mais importantes da música popular brasileira, João Donato enfrentava uma série de problemas de saúde. Recentemente, ele foi internado para tratar uma infecção nos pulmões.
Ao anunciar a morte de Donato nas redes sociais, a família destacou o legado musical do artista. “Hoje o céu dos compositores amanheceu mais feliz: João Donato foi para lá tocar suas lindas melodias. Agora, sua alegria e seus acordes permanecem eternos por todo o universo”, diz uma imagem publicada no feed do músico.
Trajetória
Nascido em 1934, no Acre, João Donato começou a trajetória musical cedo, estudando piano clássico. Ele se mudou para o Rio de Janeiro no final dos anos 1940, onde se destacou como pianista, compositor e arranjador, influenciando uma geração de músicos com seu estilo único e pioneiro.
Entusiasta de diversos gêneros, Donato aproximou seu trabalho da bossa nova, do samba, do jazz e da música eletrônica. Sua habilidade como pianista e sua abordagem inovadora lhe renderam reconhecimento e respeito na cena musical. Como resultado, o artista foi parceiro de grandes nomes brasileiros e internacionais, como Tom Jobim, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Astrud Gilberto e Mongo Santamaria.
Sua carreira foi marcada por diversos sucessos, como as canções A Rã, Amazonas, Bananeira e Até Quem Sabe. João Donato também foi um pioneiro na experimentação musical, incorporando sons eletrônicos em suas composições e abrindo caminho para novas possibilidades sonoras.
O talento do acriano foi reconhecido em 2010 com Grammy Latino, na categoria de melhor álbum de Jazz, pelo trabalho em Sambolero, e em 2018 pelo Prêmio da Música Brasileira (2018).
Ele também foi indicado ao Grammy em 2016, na categoria de melhor álbum instrumental com o álbum Donato Elétrico, e em 2022 na categoria melhor álbum de música popular brasileira, com Síntese do Lance.
