Jão explora questão sentimental com menos acidez em novo álbum, Pirata
A novidade musical conta com dez faixas inéditas compostas pelo artista e o sucesso Coringa, lançado em fevereiro deste ano
atualizado
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O cantor Jão lançou, nesta terça-feira (19/10), o álbum Pirata, terceiro da carreira. O novo produto conta com características bem particulares do artista como a mistura de sonoridades, as composições sobre sentimentos e frases marcantes em cada música.
Com 11 faixas, sendo 10 inéditas e o sucesso Coringa, lançado em fevereiro deste ano, o cantor continua explorando a questão sentimental nas músicas, porém com menos acidez do que no último álbum, Anti-Herói. As músicas Clarão, com inspirações na música eletrônica, e Não Te Amo, influenciada pela disco music, abrem o lançamento com um clima de animação.
“É um álbum de recomeço. O meu último disco foi bem denso e, na cabeça das pessoas, automaticamente, esse álbum seria de superação. Mas, mais do que isso, ele fala sobre algo que eu almejo ser. Como esse álbum tem um sentimento de liberdade e disruptura, já planejava que começasse assustando as pessoas, para perceberem que é diferente”, conta.
Jão também deixa bem claro que a novidade musical traz detalhes sobre a sua vida. Neste álbum, o cantor trata diretamente da questão da bissexualidade na faixa Meninos e Meninas, tudo de forma natural, com honestidade. “Sempre foi natural ter esses assuntos no meu trabalho como arte, mas nesse álbum ficou mais evidente”, comenta.
Além disso, ele explora as relações interpessoais e com ele próprio nas composições. “Acho que comecei a escrever para resolver situações na minha cabeça. Vira um produto comercial para as pessoas consumirem, mas começa assim. Todo mundo se fode muito com os sentimentos, sente-se perdido e eu acho que escrever é uma forma de me encontrar”.
Novos arranjos e samples provenientes da música sintética estão presentes no lançamento. Nos singles Acontece e Tempos de Glória, por exemplo, é possível identificar o crescimento sonoro durante a música com acordes de guitarra, de violão e com viradas de bateria. Em Olhos Vermelhos, a inovação vem por meio do saxofone. A característica melódica, diferente dos outros dois álbuns, juntamente com o novo processo de composição, traz um novo tom para as composições.
“Minhas formas de compor foram abordadas de maneiras diferentes dos outros dois discos e a sonoridade também é algo que surpreende. Sempre quis explorar o lado eletrônico e instrumental e achei as músicas certas”, comemora.
Ansioso com o lançamento, o cantor revela, ainda, que a música Amor Pirata, lançada em março de 2021, não entrou no disco por falar dos mesmos assuntos de outras faixas presentes no produto que ele considera melhores.
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