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Hits e protestos: o que esperar do show de Roger Waters em Brasília

Baixista britânico ex-Pink Floyd deve trazer à capital extenso repertório de clássicos, músicas da carreira solo e posicionamentos políticos

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Gennady Avramenko/ Epsilon/Getty Images
Roger Waters performs live in Moscow
1 de 1 Roger Waters performs live in Moscow - Foto: Gennady Avramenko/ Epsilon/Getty Images

Parece não haver momento melhor para Roger Waters excursionar pelo Brasil, justamente durante o período eleitoral. Ao longo de todo o mês de outubro, o baixista britânico ex-Pink Floyd traz ao país a turnê Us + Them, embalada por clássicos da banda, músicas de sua carreira solo e protestos políticos. O roqueiro faz show em Brasília neste sábado (13/10), no Estádio Nacional Mané Garrincha.

Em São Paulo, o britânico atraiu aplausos e vaias da plateia ao exibir num telão o nome do candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, com os de outras figuras públicas que considera neofascistas, como o presidente norte-americano Donald Trump. Waters também aderiu ao movimento #elenão em sua primeira apresentação nesta turnê brasileira, no Allianz Parque. O clima de polarização continuou nas redes sociais, com fãs trocando farpas nos perfis oficiais do cantor. No segundo show, fez uma manifestação mais discreta.

O que esperar do show de Roger Waters em Brasília:

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<b>Poucas variações no <i>setlist</i>.</b> Roger Waters tem repetido até a ordem das canções em quase todos os seus shows. Mas há espaço para variações. Em algumas datas da passagem pela Europa, por exemplo, ele tocou Broken Bones, do seu recente disco solo, e incluiu Vera, música do álbum The Wall (1979) que alude à cantora Vera Lynn, conhecida por We'll Meet Again. Vale lembrar que um dos temas do álbum é a paternidade perdida – o pai do cantor morreu na Segunda Guerra Mundial, quando Waters ainda era um bebê
<b>Protestos.</b> Waters sempre foi muito ativo politicamente e gosta de criticar em seus shows representantes que considera neofascistas. Em 2017, no Facebook, seu alvo foi Michel Temer. Desta vez, ele mira em Bolsonaro. No primeiro show em SP desta turnê, sua manifestação foi mais explícita: exibiu num telão  o nome do presidenciável pelo PSL, Jair Bolsonaro, junto com os de outros conservadores, como Donald Trump e a francesa Marine Le Pen, em apoio à campanha #elenão. Na segunda apresentação, o nome de Bolsonaro apareceu depois dos dizeres “ponto de vista político censurado”. Em vez da <i>hashtag</i>, a projeção mostrou “nem fodendo”. O que ele reserva para o espetáculo na capital federal?
<b>Uma megaestrutura.</b> A assessoria do show em Brasília passou curiosidades interessantes sobre o espetáculo ao <b>Metrópoles</b>. A estrutura chega à capital em 25 carretas: são mais de 100 toneladas de equipamento. A produção leva pelo menos quatro dias para desmontar o material e oito para estruturar palco, iluminação e demais elementos do show. Cerca de 150 pessoas se envolvem na preparação. O generoso telão de LED no qual são projetadas frases, imagens e protestos políticos tem mais de 1 mil metros quadrados, com 16m de altura e 66m de largura. O tamanho do palco acompanha o da tela
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O repertório atemporal do Pink Floyd. Nos dois shows que fez recentemente no estádio Allianz Parque, em São Paulo, Waters repetiu o mesmo setlist: 18 canções do Pink Floyd e quatro solo, todas do disco Is This the Life We Really Want? (2017). Com um cuidado cenográfico personalizado para cada canção, o britânico passeia pelos maiores hinos do antigo grupo, como Another Brick in the Wall, The Great Gig in the Sky, Comfortably Numb, Time (foto) e Wish You Were Here

Valery SharifulinTASS via Getty Images
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Poucas variações no setlist. Roger Waters tem repetido até a ordem das canções em quase todos os seus shows. Mas há espaço para variações. Em algumas datas da passagem pela Europa, por exemplo, ele tocou Broken Bones, do seu recente disco solo, e incluiu Vera, música do álbum The Wall (1979) que alude à cantora Vera Lynn, conhecida por We'll Meet Again. Vale lembrar que um dos temas do álbum é a paternidade perdida – o pai do cantor morreu na Segunda Guerra Mundial, quando Waters ainda era um bebê

Divulgação
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Protestos. Waters sempre foi muito ativo politicamente e gosta de criticar em seus shows representantes que considera neofascistas. Em 2017, no Facebook, seu alvo foi Michel Temer. Desta vez, ele mira em Bolsonaro. No primeiro show em SP desta turnê, sua manifestação foi mais explícita: exibiu num telão o nome do presidenciável pelo PSL, Jair Bolsonaro, junto com os de outros conservadores, como Donald Trump e a francesa Marine Le Pen, em apoio à campanha #elenão. Na segunda apresentação, o nome de Bolsonaro apareceu depois dos dizeres “ponto de vista político censurado”. Em vez da hashtag, a projeção mostrou “nem fodendo”. O que ele reserva para o espetáculo na capital federal?

ROBSON MORELLI/ESTADÃO CONTEÚDO
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Uma megaestrutura. A assessoria do show em Brasília passou curiosidades interessantes sobre o espetáculo ao Metrópoles. A estrutura chega à capital em 25 carretas: são mais de 100 toneladas de equipamento. A produção leva pelo menos quatro dias para desmontar o material e oito para estruturar palco, iluminação e demais elementos do show. Cerca de 150 pessoas se envolvem na preparação. O generoso telão de LED no qual são projetadas frases, imagens e protestos políticos tem mais de 1 mil metros quadrados, com 16m de altura e 66m de largura. O tamanho do palco acompanha o da tela

PAULO LOPES/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Roger Waters – Us + Them em Brasília
Sábado (13/10), no Estádio Nacional Mané Garrincha. Ingressos (preços de meia-entrada): de R$ 120 (superior) a R$ 245 (inferior). À venda no site Tickets for Fun, na Livraria Cultura (Iguatemi) e no estádio, a partir de 12/10 (bilheteria abre no feriado, das 10h às 18h; no dia do show, das 10h às 21h30). Evento não recomendado para menores de 16 anos

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