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Hamilton de Holanda se une a artistas latinos em dois novos discos

Meses após lançar disco em homenagem a Djavan, Hamilton de Holanda se une ao C4 Trí, em Tembla, e a Gonzalo Rubalcaba, em Collab

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Hamilton de Holanda em show com bandolim na mão - Metrópoles
1 de 1 Hamilton de Holanda em show com bandolim na mão - Metrópoles - Foto: Jp Rodrigues/Metrópoles

Considerado um dos músicos mais talentosos do mundo, Hamilton de Holanda lançou no mês passado dois novos álbuns. Primeiro, em parceria com o C4 Trío, entregou Tembla, e, mais no final do mês, disponibilizou Collab, com o cubano Gonzalo Rubalcaba, reconhecido pela revista Piano & Keyboard como um dos maiores pianistas do século 20. Os dois projetos exploram o cancioneiro latino.

Em entrevista ao Metrópoles, o premiado bandolinista brasileiro, vencedor de diversos Grammy Latino, contou que já acompanhava o trabalho do C4 Trío há algum tempo e admirava a “energia vibrante e a maestria” que o grupo tem com o cuatro, instrumento típico venezuelano. Além disso, Hamilton possui ligações emocionais com a Venezuela: foi lá onde ocorreu o primeiro show do músico fora do Brasil.

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“O C4 tem uma capacidade incrível de misturar tradição e inovação, algo que sempre busco na minha própria música. A colaboração em Tembla foi uma extensão natural dessa admiração mútua e resultou em um trabalho que reflete a força e a beleza da música latino-americana”, explicou.

Tembla é composto pela releitura de dez clássicos latinos, entre eles Borbulhas de Amor, de Juan Luis Guerra, conhecida no Brasil na versão de Fagner, Anos Dourados, parceria de Tom Jobim e Chico Buarque, Corazón Partio, de Alejandro Sanz, La Tierra del Olvido, do colombiano Carlos Vives, Vale la Pena, de Juan Luis Guerra, com participação vocal do 440, entre outras.

Já aproximação com Rubalcaba, Hamilton lembra, começou no ano passado durante festivais de jazz na Europa. “Fui convidado pelo projeto TUCCA, que cuida de crianças com câncer, para fazer um show beneficente em São Paulo. Eles me pediram para sugerir algum músico que eu ainda não tivesse tocado e que tinha muita vontade. Falei do Gonzalo. Ele veio ao Brasil, fizemos dois shows memoráveis e daí para gravar um disco seria um pulo”.

O trabalho reúne três canções de Hamilton e três de Rubalcaba, além de releituras de pérolas da MPB: Incompatibilidade de Gênios, de João Bosco e Aldir Blanc, que surge em duas versões – uma instrumental e outra cantada; Don’t You Worry ‘Bout A Thing, de Stevie Wonder; Silence, do baixista Charlie Haden e Saudade, Saudade, da cantora Maro.

“Decidimos que era hora de criar algo juntos, o que levou à concepção de Collab. Trabalhamos intensamente trocando ideias até chegar ao repertório que melhor refletisse essa parceria única”.

Paixão pela música

Tembla e Collab chegam às plataformas meses depois de Hamilton lançar Samurai, projeto em homenagem a Djavan, em que toca canções do artista com Gloria Groove, Jorge Drexler e Zeca Pagodinho.

“A música é minha paixão e minha vida. Eu me sinto energizado por cada novo projeto e colaboração. Claro, é desafiador manter tantos projetos simultaneamente, mas a chave é a organização e o amor pelo que faço. Cada projeto traz uma nova perspectiva e aprendizado, o que acaba alimentando todos os outros trabalhos”, comenta o músico.

Hamilton De Holanda de terno preto segura prêmio no alto com dois homens atrás dele em palco - Metrópoles
Em 2022, Hamilton De Holanda levou o Grammy Latino de Melhor Álbum Instrumental por Maxixe Samba Groove

Consciente do impacto global do seu trabalho, o bandolinista ressalta que busca ser fiel à própria arte e raízes, mesmo que seu trabalho esteja em constante movimento. “Explorar novas sonoridades e colaborar com músicos de diferentes culturas enriquece não só a minha música, mas também a minha visão de mundo”.

Criado em Brasília, onde se formou em música na Universidade de Brasília, Hamilton segue acompanhando o cenário da capital federal e não descarta uma colaboração com um artista da cidade. “Brasília sempre será um lugar especial para mim. A cena musical da cidade continua vibrante e cheia de talento”, diz ele, que é um dos fundadores do Clube do Choro de Brasília.

“Se eu pudesse fazer uma parceria com alguém da cidade hoje, seria com um jovem talento que está emergindo, para continuar fomentando essa rica tradição musical e dar espaço às novas vozes. Existem muitos músicos promissores em Brasília e seria um prazer colaborar com eles. A última parceria que fiz foi com Seu Estrelo, participei de um show deles lá no Museu da República e foi espetacular”, finaliza.

 

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