“Filho macho” e abajur de arma: entenda as polêmicas de Claudia Leitte
A cantora baiana vive em uma montanha russa de popularidade. Apesar de hits de sucesso, sempre é alvo de cancelamentos nas redes sociais
atualizado
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Com 20 anos de carreira, Claudia Leitte sempre foi uma artista que dividiu opiniões. Desde o início de sua trajetória, a intérprete é vítima de críticas e comparações com outra cantora de axé: Ivete Sangalo. O tempo passou, a loira foi conquistando fãs e seu próprio espaço no mercado fonográfico, mas a popularidade vive em uma montanha russa.
A confusão mais recente de Claudia Leitte se deve a um Stories em que ela mostra um abajur de arma sobre uma Bíblia. O vídeo repercutiu negativamente, ainda mais porque a cantora se denomina cristã. Internautas ligaram o objeto a um possível apoio à reeleição de Jair Bolsonaro (PL), intenção que foi prontamente negada por ela.
“Gente, os Stories que postei não têm qualquer intenção política. O abajur no vídeo é uma peça de arte criada por um designer francês que ganhei de presente há mais de 10 anos”, disse. “Faz sentido pra mim, pois havia acabado de ler ‘usamos as armas poderosas de Deus, e não as armas do mundo’. E, para mim, não significa nada além disso”, completou a cantora.
Mas essa não foi a única vez em que Claudia Leitte foi cancelada nas redes sociais. De homofobia a blackface, o Metrópoles selecionou as principais polêmicas da artista, confira!
Homofobia
Grávida de Davi, em 2008, Claudia Leitte foi acusada de homofobia. Isso porque em entrevista ao TV Fama, ela disse preferir que seu filho fosse heterossexual. “Eu adoro os gays, mas prefiro que meu filho seja macho”, disse a Léo Aquilla. Na época, o marido da famosa ainda completou dizendo que o filho não seria gay, pois seria “bem criado”.
Blackface
Claudia Leitte foi acusada de blackface (quando uma pessoa de pele branca se pinta para ficar negra), em 2012, após a arte usada para a capa do álbum Negalora. Na imagem, ela aparece com metade do corpo negro para “simbolizar suas raízes”, mas desagradou movimentos de luta antirracista ao redor do país. Mesmo com as críticas, a cantora voltou a usar o termo “negalora” em 2016. Ao ser novamente criticada, ela disse que Carlinhos Brown a apelidou assim.
Maus tratos aos animais
Em uma de suas participações no Encontro com Fátima Bernardes, em 2015, Claudia contou uma história sobre o seu casamento com Márcio Pedreira. No relato, a artista diz que um amigo levou pintinhos para a cerimônia e soltou os animais no salão de festas.
“A minha avó começou a pisar no pinto, e foi uma coisa… o pintinho ‘piu’ e, ploft, morrendo. Foi um verdadeiro genocídio”. A declaração revoltou associações e ONGs de protetores de animais.
Dicas machistas
Até quando o tema é relacionamento amoroso Claudia se dá mal. Para ajudar a manter a “chama” entre um casal sempre acesa, a loira aconselhou que mulheres fizessem sexo mesmo quando estivessem cansadas.
“Precisa sempre tirar alguma disposição do fundo do seu coração”, aconselhou. A baiana de coração também sugeriu que as mulheres devem estar sempre arrumadas e acordar antes dos homens, escovar os dentes, voltar para a cama e fingir que estão dormindo. “O hálito fica incrível de manhã cedo. Essa é uma dica muito legal”, disse ela, também em 2015.
“Isentona”
A falta de um posicionamento político também irrita internautas, de direita e esquerda. Em 2021, com o Brasil começando a sair nas ruas após a flexibilização das restrições geradas pela pandemia, Claudia se esquivou de comentar sobre a gestão política do país. O momento aconteceu no programa Altas Horas quando Serginho Groisman perguntou à cantora, a Deborah Secco e a Ana Maria Braga o que as deixava indignada.
“A minha indignação? Eu tenho um coração pacificador. Eu me indigno, sou capaz de virar tudo pelo avesso, de chutar as barracas, mas acho que todo mundo tem um lugar onde pode brilhar uma luz para desfazer o que está acontecendo e se essa luz se acende, obviamente, não vai ter escuridão”, embromou.
Deborah Secco e Ana Maria Braga foram mais incisivas nas respostas, o que acabou gerando um climão e aumentando as críticas sobre a postura “isentona” de Claudia.