Filho de João Gilberto não irá ao velório do cantor
João Gilberto será velado no Theatro Municipal do Rio, nesta segunda-feira (08/07/2019)
atualizado
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João Marcelo Gilberto, filho do cantor e compositor João Gilberto, não comparecerá ao velório do pai amanhã, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a partir das 9h. Ele mora em Nova Jersey, nos Estados Unidos, e “está em processo de renovação de visto, além de passar por questões de saúde”, segundo seu advogado, Gustavo Miranda. Já a filha do cantor, Bebel Gilberto chegou ao Rio, vinda dos Estados Unidos, no início da tarde deste domingo.
O corpo de João Gilberto permanece no Instituto Médico Legal (IML), onde estão sua companheira, Maria do Céu Harris, e o advogado Miranda. Ele morreu por volta das 15h de ontem, em seu apartamento no Leblon, na zona sul da cidade do Rio. A causa da morte não foi divulgada até agora.
Últimos anos
Os últimos anos de vida do cantor e compositor João Gilberto, morto neste sábado, 6, no Rio de Janeiro, foram marcados por disputas entre seus familiares, problemas de saúde e dívidas que chegaram a R$ 9 milhões.
Dois de seus três filhos, João Marcelo e Bebel Gilberto, travaram guerra judicial contra Claudia Faissol, mãe de sua filha mais nova. Na Justiça, Bebel pediu em 2017 a interdição do pai para que ele não fosse induzido a assinar documentos com força legal sem saber o que estava fazendo.
Em 2013, o banco Opportunity comprou 60% dos direitos sobre os quatro primeiros discos do cantor, considerados alguns dos mais importantes da música brasileira. Na época, João Marcelo acusou Claudia de receber por fora algo entre 5% e 10% desse montante.
Em 2017, João Gilberto foi interditado judicialmente por Bebel, que afirmou que seu pai estaria passando por “absoluta penúria financeira”. Nesse mesmo ano, o Estado tentou encontrar o músico em sua residência, em um prédio que fica a dois quarteirões da praia, mas nem mesmo os moradores sabiam de sua situação. “Você está aqui procurando o João Gilberto? Desiste! Nunca ouvi nem um violãozinho e moro há 30 anos no prédio”, contou uma moradora.
João Gilberto morreu aos 88 anos, recluso e sem ter visto a guerra travada entre seus familiares ter sido pacificada.