EUA: protestos contra racismo recolocam músicas de artistas negros no topo
Faixas de Childish Gambino, Bruno Mars e Kendrick Lamar lançadas há alguns anos retornaram às mais ouvidas após ecoarem nos protestos
atualizado
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A onda de protestos contra a violência policial nos Estados Unidos, que se espalhou por diversos países do mundo, teve efeitos na indústria cultural: músicas emblemáticas de artistas negros voltaram a figurar entre as mais consumidas.
This is America, do rapper Childish Gambino, que discute a questão do racismo voltou a aparecer na lista das mais vendidas no iTunes norte-americano.
A faixa Where Is The Love?, do grupo Black Eyed Peas, lançada em 2003, reapareceu entre as 200 mais vendidas no iTunes. A música, que tem o clipe ambientado em um protesto, viralizou após ser cantada por manifestantes.
Em meio aos protestos nos EUA, músicas antigas como “Count On Me” do Bruno Mars, “This Is America” do Gambino e “Try Everything” da Shakira voltaram a figurar entre as 100 mais vendidas no Itunes de lá. “Where Is the Love?” do BEP é a 20° depois desse tiktok vitalizar: pic.twitter.com/w72zlozhMF
— Lucas Arraz (@LucasArraz) June 3, 2020
A balada pop Count on Me, de Bruno Mars, lançada em 2010 também reapareceu na lista: a música fala sobre como amigos podem contar um com os outros, em uma mensagem de união, uma das marcas dos protestos nos Estados Unidos.
Em outras plataformas de streaming o movimento pode ser igualmente observado, na lista Top 50 do Spotify, que lista as músicas mais do mundo, aparece novamente This is America.
Na mesma seleção está a faixa Alright, de Kendrick Lamar, lançada originalmente em 2015. A faixa traz versos como “Nós vamos ficar bem”.
No Brasil
O cantor e ator Babu Santana, que levou a discussão sobre o racismo para o Big Brother Brasil 20, inaugurou no Spotify, nesta quarta-feira (03/06), uma playlist chamada de É Som de Preto.
O artista atendeu ao pedido dos fãs e criou uma lista divulgando músicos negros, como MV Bill, Linn da Quebrada e Karol Conká. “Quero que meus fãs conheçam novas referências”, explicou Babu.