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“Então, Foi Assim?”: novo livro de coleção conta histórias de canções

Escrito pelo pesquisador Ruy Godinho, volume detalha a criação de composições de Milton Nascimento, Jards Macalé e Lenine, entre outros

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Luiz Clementino/Divulgação
Ruy e o Volume IV por Luiz Clementino
1 de 1 Ruy e o Volume IV por Luiz Clementino - Foto: Luiz Clementino/Divulgação

“Então, Foi Assim?”, coleção de livros sobre bastidores da música brasileira, ganha o quarto volume, com mais detalhes de obras escritas e interpretadas por grandes nomes nacionais. Pesquisador e radialista, o autor Ruy Godinho lança a publicação nesta segunda-feira (4/12), no palco do Clube do Choro.

Continuação de livros publicados em 2008, 2010 e 2013, o volume 4 amplia a coleção com histórias sobre quarenta músicas de compositores como Lenine, Milton Nascimento, Lô Borges, Jards Macalé, Carlos Lyra e José Miguel Wisnik, entre outros. Godinho começou a pesquisa para os livros em 1997.

Arquivo Pessoal
Ruy Godinho, autor da coleção “Então, Foi Assim?”: quarto volume é lançado em 2017

 

Em formato de talk-show, o lançamento mistura histórias contadas por Godinho com interpretações das músicas por Sandra Duailibe, Nathalia Lima, Celso Adolfo e Jean Garfunkel. Entram no repertório canções como “Baião de Quatro Toques (Wisnik e Luiz Tatit), “Engenho de Flores” (Josias Sobrinho) e “Coração Brasileiro” (Adolfo).

Leia trechos do livro:

“Vapor Barato” (Jards Macalé e Waly Salomão)

“O Waly foi preso em São Paulo com uma bagana dentro do bolso. A gente vivia como hippies, com aquela vestimenta meio pobre, meio estilosa. Quando saiu da prisão, foi morar em Niterói porque estava paranoico com as grandes cidades. E um dia chegou lá em casa com essa letra. O vapor barato tinha dois sentidos: o vapor do navio e o vapor que é o cara que vende drogas. Porque o vapor do navio era barato mesmo, era baratíssimo. E o barato porque se dizia que (a droga) dava barato, que estava no barato, a onda que dava. Então, tinha esses dois sentidos”, afirma Jards Macalé.

“Toada” (Zé Renato, Cláudio Nucci e Juca Filho)

“O mais marcante no processo criativo dessa música é que ela começou para ser minha e do Zé Renato com outra segunda. Aí o Claudio Nucci fez uma segunda nova quando a gente perdeu a fita com a segunda original. E eu fiz a letra e estourou”, admite Juca Filho, desvelando um aspecto que passou batido pelos melodistas: o sumiço da fita.

Às margens da lagoa Rodrigo de Freitas, onde me concedeu esta entrevista, Juca estaria por revelar um importante segredo, que vai, com certeza, decepcionar muitas morenas por aí.

“E o detalhe e o maior segredo – que eu até já contei para a pessoa – é que, na verdade, a musa inspiradora não era morena. Quase todas as mulheres da minha vida são morenas. Porque eu gosto de morenas. Por acaso essa era uma loura (risos).”

Lançamento do livro “Então, Foi Assim? Os Bastidores da Criação Musical Brasileira – Volume IV”, de Ruy Godinho
Segunda-feira (4/12), às 21h, no Clube do Choro (Setor de Divulgação Cultural, Eixo Monumental, 3224-0599). Ingressos (meia-entrada): R$ 15. Livros à venda: R$ 50 (um exemplar), R$ 40 (preço da unidade para quem comprar três exemplares) e R$ 35 (preço da unidade para quem comprar cinco ou mais exemplares). Não recomendado para menores de 18 anos.

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