metropoles.com

Drag queens invadem os palcos e se lançam como cantoras no Brasil

Nos últimos anos, o universo queer passou de um meio undergound e marginalizado para o mainstream

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação
Lia Clark
1 de 1 Lia Clark - Foto: Divulgação

Nos últimos anos, universo drag queen passou de um meio undergound e marginalizado para o mainstream. Saindo do tradicional show de humor e dublagens, as artistas agora se lançam no mercado como cantoras autorais e, aos poucos, conquistam sucesso nacional. Com as portas abertas por Pabllo Vittar, que em 2015 ganhou notoriedade com o hit “Open Bar”, nomes como Glória Groove, Kaya Conky, Lia Clark e a brasiliense Aretuza Lovi invadem os palcos de todo o Brasil.

Lia Clark (foto principal), dona do funk “Trava Trava”, está entre os sucessos queer mais famosos do país. Ela soma mais de 25 mil seguidores no YouTube e o hit ultrapassou a marca de 2 milhões de visualizações. A personagem foi criada por Rhael, jovem de 23 anos de Santos (SP), como forma de entretenimento e diversão.

Neste sábado (21/1), ela divide o palco com a norte-americana Tatianna na festa WoW, na Victoria Haus (SAAN). Levando pop e funk para a boate, Lia canta seu novo EP “Clark Boom”. A gringa aposta na sátira “Same Parts”.

Wilson Nemov, produtor de festas LGBT há nove anos, diz que a cultura drag é um movimento artístico que debate a desconstrução dos padrões de gênero. Segundo ele, em Brasília, o fenômeno é recente, ocorre há cerca de três anos. “Tem crescido muito o mercado queer. Atualmente, no DF, são mais ou menos 30 artistas que trabalham com essa arte”, avalia.

O reality show norte-americano “RuPaul’s Drag Race” ajudou a construir uma imagem positiva e expandir a arte drag para o mundo do entretenimento e da música. Trabalhando como cantora, uma das pioneiras em Brasília, é Aretuza Lovi. Nascida há cinco anos, a personagem se apresenta nas boates com canções autorais.

“Mesmo não fazendo tanto sucesso, eu insisti”, comenta a artista sobre o começo da carreira. O clipe do single “Catuaba”, feito com participação de Glória Groove, é uma produção inédita no Brasil com um dueto de drag queens. O vídeo tem mais de 700 mil visualizações no YouTube e a música alcançou bons números no Spotify em 2016. Agora, ela trabalha em um disco com os produtores de Ludmilla, Anitta e Filipe Ret. O álbum está previsto para ser lançado em meados de abril.

Apontada como a responsável por proporcionar a ascensão das “drags cantoras” no Brasil, Pablo Vittar mistura diversos ritmos no disco “Vai Passar Mal” (2017). O CD traz a colaboração de nomes como Mateus Carrilho (Banda Uó) e Rico Dalasam. O sucesso fez com que, em menos de um ano, ela saísse do anonimato para se tornar a cantora do programa “Amor e Sexo”, da Rede Globo.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?