Dolores O’Riordan, vocalista do Cranberries, morre aos 46 anos
Cantora irlandesa ficou famosa na década de 1990 por hits como “Linger”, “Dreams” e “Zombie”
atualizado
Compartilhar notícia
Dolores O’Riordan, vocalista da banda The Cranberries, morreu aos 46 anos nesta segunda (15/1), em Londres. Segundo informações de veículos de imprensa ingleses, representantes da artista irlandesa confirmaram o falecimento em nota, sem dar detalhes do que causou o óbito. Ela estava na capital inglesa para sessões de gravação.
Natural de Limerick, na Irlanda, Dolores alcançou sucesso global nos anos 1990 a bordo da Cranberries, década em que a banda estourou por meio de hits como “Linger”, “Dreams”, “Zombie”, “Ode to My Family” e “Salvation”. A formação acumula mais de 40 milhões de discos vendidos mundialmente.
Em 2017, a banda anunciou grande turnê na Europa e nos Estados Unidos. Mas boa parte da excursão foi cancelada em maio após Dolores ter problemas nas costas. Durante as festas de fim de ano, um post publicado no perfil oficial da Cranberries no Facebook indicou que a cantora estava pronta para voltar aos palcos.
Carreira
Dolores entrou para a banda depois de participar de uma audição. Mike e Noel Hogan, irmãos criadores da The Cranberry Saw Us (antigo nome da formação) junto com Fergal Lawler, perderam o vocalista Niall Quinn já no primeiro ano de atividade, em 1989.
Após a saída de Quinn, ela foi aprovada ao mostrar “Linger”, composição de lavra própria, e acabou se tornando o coração do grupo, assinando a maioria das canções.
Combinando indie, pop rock e folk, a Cranberries conquistou milhões de fãs e impactou a indústria musical já no disco de estreia, “Everybody Else Is Doing It, So Why Can’t We?” (1993), trabalho carregado pelos hits “Linger” e “Dreams”.
A banda assumiu uma veia roqueira mais pesada no CD seguinte, “No Need to Argue” (1994). Além de “Zombie”, o álbum reuniu outras faixas conhecidas da banda, como “Ridiculous Thoughts” e “Ode to My Family”.
“To the Faithful Departed” (1996) não teve a mesma repercussão crítica que os dois anteriores, mas ainda assim emplacou os sucessos “Salvation” e “Free to Decide”.
Dois anos após dar à luz o primeiro de três filhos com Don Burton (ex-manager do Duran Duran), Dolores escreveu canções como “Promises”, “You and Me”, “Just My Imagination” e “Animal Instinct” para o disco “Bury the Hatchet” (1999), álbum que também teve recepção morna. A Cranberries ainda gravou mais um trabalho, “Wake Up and Smell the Coffee” (2001), antes de abandonar os palcos por seis anos.
Dolores decidiu investir na carreira solo nesse período. Lançou “Are You Listening?” (2007), CD protagonizado pelo single “Ordinary Day”, e “No Baggage” (2009) antes da volta da Cranberries, em 2009. “Roses” (2012) marcou o retorno do grupo em disco. Em 2014, a vocalista se separou de Burton, após duas décadas de relacionamento.
Último disco da Cranberries, a compilação “Something Else” (2017) reuniu versões acústicas dos maiores sucessos da banda e a inédita “Why”, escrita pela cantora em homenagem ao pai, Terence, morto em 2011 após lutar contra o câncer.
Shows no Brasil
Dolores O’Riordan veio ao país em três oportunidades. Duas excursões a bordo da Cranberries, em 2010, com passagem por Brasília, e uma vez sozinha, três anos antes, para divulgar a carreira solo.