Do funk ao pop: conheça a nova e interessante fase de Anitta
A cantora, que se apresenta nesta sexta-feira em Brasília, adota um estilo com referência em estrelas da música internacional
atualizado
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Você lembra daquela Anitta do pre-pa-ra? Parece tão distante né. Mas foi há apenas dois anos. Aquela funkeira de 2013 pouco lembra a estrela de 2015. A mudança não foi só estética (inclusive com uma cirurgia no nariz), a cantora que começou no funk está muito mais próxima do pop.
Minha intenção sempre foi poder cantar de tudo e misturar os ritmos que eu gosto. Sou eclética e eu queria fazer um trabalho mostrando isso para o público. Em “Bang” (novo disco), consegui fazer esse mix
Anitta
Mesmo que Anitta não assuma que deixou o funk de lado, a mudança de estilo está clara no álbum. “Bang”, principal single que dá nome ao disco, é um dos melhores lançamentos do pop nacional – que, convenhamos, há tempos não trazia nada tão interessante.
A mudança já rendeu frutos positivos. Em outubro, Anitta faturou o European Music Awards como a melhor artista da América Latina. A conquista endossa o sonho dela (e de vários fãs) de termos nossa primeira popstar tipo exportação – até mesmo a “Forbes” já reconheceu o potencial da funkeira. “Eu fico muito feliz de ver como eu consegui evoluir com o meu trabalho em tão pouco tempo”, comemora, em papo com o Metrópoles.Em um cenário que por anos sobreviveu de nomes como Rouge, Sandy, Wanessa e Deborah Blando, Anitta trouxe um ar de frescor. Tanto na produção quanto na sonoridade, ela (e outras funkeiras como Ludmilla e Valesca Popozuda) ocuparam um espaço vago.
“Eu fico feliz por termos encontrado um espaço para mostrarmos nosso trabalho, isso é o mais importante para um cantor”, comenta a cantora, que sempre negou rivalidade com as colegas.
Nas redes sociais, Anitta tem milhões de seguidores. No Instagram, são 8,3 milhões. Quer viver um pouco da rotina de shows e eventos da cantora, é só segui-la no Snapchat (anittaofficial).
“Eu adoro as redes sociais e gosto de estar próxima dos meus fãs. Sei que eles gostam do meu trabalho e por isso querem saber sempre mais, então publicar na internet é uma forma que eu encontrei de retribuir todo o carinho que o meu público têm comigo”, analisa Anitta.
A estratégia deu certo. Anitta é a única cantora brasileira que tem uma legião de fãs – uma espécie de little monsters da poderosa. Quando o disco “Bang” vazou na internet, tema que a cantora se recusou a comentar na entrevista, as redes sociais foram dominadas por fãs que pediam para que o álbum não fosse ouvido por ninguém. Mobilização que pouco adiantou.
Anitta: cada vez mais pop
A poderosa
A era “Show das Poderosas” (o uso de era é proposiltamente exagerado) foi a responsável por alçar Anitta ao sucesso. O bordão “pre-pa-ra” dominou pistas de dança do Brasil inteiro. A cantora passou a fazer dois ou três shows na mesma noite. Aqui, o funk era a principal marca musical do trabalho dela.
A transição
Em 2014, Anitta lançou “Na Batida”. Foi lá que a transição para o pop começou. Sobraram referências às divas pop internacionais – ou vai dizer que aquela entrada com vários fotógrafos e coletiva não lembra “I Wanna Go”, de Britney Spears.
Pop
Aí veio o clipe de “Bang” e pronto. Anitta se entregou ao pop – mesmo que no novo disco algumas faixas ainda remetam ao funk. A direção de arte é de Giovanni Bianco, que trabalhou com Madonna. Inspirada nas cantoras internacionais, a brasileira acertou a mão e se consolidou como a principal popstar tupiniquim.
Nesta sexta (6/11), a partir das 22h30, na Victoria Haus (SAAN Quadra 1, Lote 930), com apresentações de Lorena Simpson e dos DJs Wilson Nemov, Gui Bianchini, Fuzuê, Dani Santos e Lobbão. Ingressos: R$ 50 (pista), R$ 90 (premium), R$ 130 (camarote) e R$ 180 (lounge). Não recomendado para menores de 18 anos.