Djavan mira no futuro para se manter como um hitmaker brasileiro
Djavan, ícone da MPB, se apresenta em Brasília nesta sexta-feira (15/9), com a turnê D, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães
atualizado
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Aos 74 anos, Djavan é dono de versos entoados por diversas gerações de brasileiros. Ao longo dos 50 anos de carreira, o alagoano gravou com “novinhos” do cenário, como o grupo Melim, e escreveu clássicos recentes da MPB. Essa diversidade de repertório chega a Brasília, nesta sexta-feira (15/9), com a turnê D, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
A busca por se manter atual é, na visão do artistam uma maneira de não ficar parada no tempo. “Eu acho que é importante você manter uma proximidade com as novas gerações, porque isso é bom para mim, é bom que eu consiga alcançar e ser alcançado por essa turma mais jovem”, afirma Djavan, em entrevista ao Metrópoles.
Não ficar para trás, aliás, é uma meta importante para Djavan. Aos 74 anos, o artista não pretende se retirar dos palcos tão cedo. Mesmo sendo dono de hits como Meu Bem Querer, Flor de Lis, Sina, Lilás e Oceano, Djavan confessa que não se sente completo musicalmente. “Acho que vai ser difícil esse sentimento de completude bater, porque estou sempre querendo fazer algo que não fiz ainda. Eu tenho uma busca pelo futuro, uma curiosidade, que não cessa. Tenho a impressão de que é isso que me mantém. O presente para mim serve como base para o futuro, eu estou buscando sempre na frente”, ressalta o cantor.
Seja no futuro ou nos trabalhos clássicos, Djavan pode ser considerado um dos principais hitmakers da música popular brasileira. Qual é a fórmula do sucesso? O próprio responde!
“Esse êxito se dá porque tem sempre uma música que toca no rádio, nos streamings, então é isso que faz com que uma carreira seja de sucesso. Música que toca as pessoas, que agrada o público. E eu sempre tenho. É muito raro não ter uma música em um disco novo que não toque o público. E acredito que é isso que faz esse sucesso perdurar por tantos anos”, explica o alagoano.
O cantor ainda falou sobre a diversidade de seu público e a importância de atingir pessoas de todas as gerações, classes sociais e raças: “Não tem isso de ser algo destinado a uma plateia, é destinado a todo mundo. A gente sempre encontra em todos os quadrantes da sociedade alguém que gosta da música, porque quando procura uma música para dançar, para curtir, para chorar, só para ouvir, sabe que vai encontrar isso em mim. Porque tem uma diversidade que abrange um público diverso com facilidade, e eu espero que isso se repita para sempre”.
Álbum D
Contando com 12 músicas, sendo 11 delas inéditas, o álbum D, lançado por Djavan em agosto do ano passado, tem o objetivo do artista de levar otimismo para quem o escuta, de ser o som das boas novas, da mudança para um mundo melhor.
Na canção Iluminado, que tem a participação mais que especial da família do artista, ele tentou trazer esperança para o que, segundo ele, foi um “tempo sombrio”.
“Eu queria fazer uma música positiva, que vislumbrasse um futuro, uma luz, uma esperança, já que estávamos vivendo um período difícil da nossa vida, com um governo horrível, uma pandemia, então eu chamei toda família para participar desse evento. Iluminado é exatamente assim, uma música que nos shows tem funcionado como um chamamento a esperança”, conta.
Além da parceria com a família, no álbum, Djavan traz um feat com ninguém menos que Milton Nascimento em Beleza Destruída:
“É a primeira vez que eu e ele fizemos algo juntos. A gente se conhece há muitos anos, mas nunca tivemos uma proximidade musical. Eu sempre amei a música do Milton, mas nunca tínhamos gravado nada. Então resolvemos fazer. Eu compus a música, escrevi sobre um tema que é comum a nós dois, que é a preservação da natureza, fizemos um videoclipe bonito também. Foi um momento muito importante para nós”.
Turne D – Djavan
Dia 15 de setembro, sexta-feira, no Centro de Convenções Ulysses, às 22h. Ingressos custam a partir de R$ 270 e podem ser adquiridos on-line