DJ do DF, kLap projeta carreira internacional após sucesso no The Town
Nascido e criado no Distrito Federal, o artista ganhou relevância nacional após o lançamento do álbum Mlk Nervoso e do show no The Town
atualizado
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Artista do Distrito Federal, kLap foi um dos convidados para se apresentar na 1ª edição do The Town. O DJ e produtor realizou um show com Klean no primeiro fim de semana do evento e recebeu elogios na web.
Cria do undergroud, a participação no festival é uma das grandes conquistas na carreira do músico brasiliense. Em entrevista ao Metrópoles, kLap comemorou a chance de se apresentar em um festival renomado.
“Fiquei muito feliz com o convite e a oportunidade de tocar no The Town. Me senti realizado por estar em um festival com uma relevância gigantesca. Nesse momento a gente percebe que realmente está sendo visto, notado”, celebrou.
De fato, a apresentação no The Town pode ser vista como uma oportunidade. O festival, que já nasceu grande, é palco de artistas nacionais e internacionais. O DJ e produtor, inclusive, pretende impulsionar a carreira e sonha em realizar shows em outros países.
“Tenho certeza que essa oportunidade vai me dar muitas outras oportunidades, acho que a partir de agora as portas para outros festivais vão se abrir. Justamente por ter participado do primeiro The Town, acredito que as chances de tocar em festivais grandes e até festivais em outros países aumentam”, acredita.
Novos objetivos
Consolidando a carreira nacionalmente e vivendo apenas com o dinheiro do trabalho, kLap tem sonhos ousados para a carreira. Dentre as metas estão a carreira internacional e a possibilidade de conhecer outros países. Entretanto, um desejo é inegociável: ter um legado.
“Nosso maior propósito como artista é ser atemporal. Acho que todo artista sonha que a sua arte impacte as pessoas hoje e impacte do mesmo jeito daqui a 10, 20 anos. Então o meu maior sonho é ser lembrado para sempre pelo que eu fiz e pelo que eu faço dentro da música.”
Inovações musicais
No recente álbum lançado, Mlk Nervoso, kLap traz sonoridades da música eletrônica, do funk e do afrobeat. A versatilidade do artista do DF é o trunfo para se destacar no meio de outros DJs.
“Sempre busco o diferente, o que as pessoas não veem de primeira, aquilo que não é óbvio. É dessa forma que a cena se renova com o passar do tempo”, explica.
Vivendo um período de sucesso, o produtor não pretende se acomodar nos últimos meses de 2023. “Pretendo lançar alguns singles que podem vir a somar com esse bom momento da minha carreira”, conta. Ele afirma, ainda, que pretende realizar um novo álbum em 2024.
Carinho por Brasília
“Não dá para deixar as nossas raízes de lado. Então, eu tenho muito orgulho de onde venho e fiquei muito feliz em conseguir levar o nome da minha cidade, Taguatinga, para o The Town.”
kLap
Mesmo com a carreira em ascensão, kLap não deixa a capital da República de lado. O artista tem as bases estabelecidas em Brasília, com familiares e amigos, e acredita que os artistas locais precisam ser mais valorizados.
“Eu ainda acredito que não precisa sair de Brasília para ser um artista grande. Eu acredito muito que para a gente fazer música, para a gente fazer arte, a gente precisa estar perto de pessoas que nos fazem bem. E aqui em Brasília é o lugar onde eu mais me sinto confortável”, afirma.
O DJ, entretanto, pontua que Brasília não é vista como uma potência para receber festivais de grande escala por conta da falsa necessidade de ter que sair da capital federal para fazer sucesso. Segundo ele, a forma ideal de transformar essa visão é apoiando os artistas locais.
“Acredito que se a gente potencializar ainda mais o incentivo aqui na nossa cidade, isso vai fazer com que a gente nem precise sair daqui. Vamos chegar em um nível que vão ter tantas potências que a gente não vai precisar mais sair de Brasília e as pessoas vão querer vir para cá também”, pontua.
Apesar do sonho, kLap é realista sobre tornar o Distrito Federal em uma referência nacional e mundial. “Obviamente isso não é algo que vai acontecer da noite para o dia, não é algo que se resolve em alguns meses… Vão ser anos, talvez uma década para essa mudança, mas eu acho que o importante é continuar impulsionando artistas locais.”