Diogo Nogueira: precisamos de coragem para encarar os tempos sombrios
O cantor traz nova turnê a Brasília neste sábado (21/7), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães (Eixo Monumental), a partir das 21h
atualizado
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Construindo sua história “passo a passo e com os pés no chão”. É com esse espírito que o sambista Diogo Nogueira desembarca em Brasília, neste sábado (21/7), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães (Eixo Monumental), a partir das 21h. O músico traz à capital federal seu repertório mais recente, apresentado no disco Munduê (2017).
O álbum tem recebido críticas positivas de veteranos como Martinho da Vila. “Agora, se alguém perguntar quem é o Diogo, não preciso responder que é o filho do João Nogueira. Afirmo com segurança: é um belo cantor, com personalidade própria. Um artista verdadeiro. Um elo na corrente da perpetuação do samba”, disse o bamba da Unidos de Vila Isabel.
O reconhecimento de Diogo chega 10 anos após sua primeira aparição midiática. “Tenho me esforçado para evoluir, buscando sempre elementos novos nos shows, discos e projetos especiais que tenho feito”, afirma o herdeiro de João Nogueira.
A maturidade musical de Diogo está presente nas 14 faixas do trabalho. É a primeira vez que o carioca assina todas as canções de um CD, mas há também espaço para parcerias com novos e respeitados nomes do segmento – entre eles, os brasilienses Rafael dos Anjos e Hamilton de Holanda.
“Sou fã dessa turma de Brasília”, comenta. Não é de hoje que Diogo acompanha de perto o cenário local e seus representantes. Com Hamilton, lançou o projeto especial chamado Bossa Negra. Juntos, rodaram por diversos países e ganharam o Grammy Latino com a canção-título da obra. Já a relação com Rafael dos Anjos é mais recente. Convidado para produzir o CD junto com Alessandro Cardozo, o cantor vibra: o violonista brasiliense foi “um achado”.
Para dar esperança
De acordo com Nogueira, a música nasce sempre do sentimento e é em tom positivista que duas composições chamam atenção em Munduê: Coragem e Tempos Difíceis. Ambas as letras trazem mensagens de encorajamento e uma espécie de motor propulsor capaz de renovar a energia das pessoas.
São pontos altos dentro do novo show. Fazem com que todos nós, no palco e na plateia, possamos refletir o quanto a gente precisa de coragem e sabedoria para encarar os atuais tempos sombrios em nosso país e no mundo. [Vemos] tanta intolerância, ganância e falta de amor. Mas o bem tem que ser mais forte. Trago na reflexão uma ponta de esperança para seguirmos em frente
Diogo Nogueira
No disco dedicado aos mestres do gênero, como Noel Rosa, Zeca Pagodinho, Paulinho da Viola e Jorge Aragão, a música-título evoca a ancestralidade do samba. “Apesar de ser difícil escolher, Munduê é a minha preferida. É especial, feita com Hamilton de Holanda e Bruno Barreto”, explica.
Multifacetado
Além de apresentações por todo o Brasil, o cantor está acostumado a conciliar projetos de naturezas diferentes, como o programa semanal Samba na Gamboa, da TV Brasil, e o Batukada Boa, da Rádio Transamérica, em São Paulo. A correria, porém, não intimida Diogo. “Gosto do que faço e, mesmo com uma agenda agitada, me reabasteço de energia ao fazer um show ou gravar algo bacana”, garante.
Com Munduê na praça há mais de seis meses, o cantor já está em estúdio preparando o próximo álbum. “Tenho sempre muitos projetos na minha cabeça. Já trabalhamos em um novo disco, chego em breve com mais detalhes”, conclui.
Confira a playlist de Munduê completa:
Diogo Nogueira em Munduê
Neste sábado (21/7), às 21h, no Auditório Master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães (Eixo Monumental). Os ingressos variam de R$ 120 (superior lateral) a R$ 440 (premium). Valores referentes à meia-entrada e sujeitos a alterações sem aviso prévio. Vendas pelo site www.naoperco.com. Informações: (61) 4101-1121. Não recomendado para menores de 14 anos
