Dinho Ouro Preto diz que coronavírus ajudou a livrá-lo de vício em Rivotril
O vocalista do Capital Inicial, que já pegou gripe suína e dengue, afirmou que nunca passou por nada “tão forte” como a Covid-19
atualizado
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Dinho Ouro Preto, vocalista da banda Capital Inicial, revelou em entrevista à revista Veja que deixou de tomar o remédio Rivotril durante o tratamento do coronavírus. Segundo ele, que já está curado da Covid-19, o remédio ainda era seu único vício após ter se livrado de drogas como cocaína, cigarro e álcool.
“Deixei para trás a cocaína há quinze anos, parei com o cigarro há dez e estou sem beber há três. E sabe o que mais? Vai parecer maluquice, mas estou há três semanas sem tomar Rivotril. Um hábito horrível que adquiri durante as rotinas insanas de viagens sem dormir”, explicou o cantor.
Rivotril é o nome comum dado para o clonazepam, indicado como ansiolítico e de consumo restrito. “A Covid-19 me ajudou nisso: só consegui me livrar quando parei minha rotina totalmente. Era a última substância que eu precisava largar. Agora posso dizer que estou limpo”, afirmou Dinho Ouro Preto.
Coronavírus
Dinho revelou em suas redes sociais que estava com o coronavírus em 25 de março. À Veja, o músico contou os sintomas que teve.
“O ciclo do vírus no meu corpo foi de 28 dias ininterruptos de febre. Começava em torno das 18 horas. Eu tomava um comprimido de analgésico e desmaiava. No meio da madrugada, o efeito passava, a febre voltava, eu tomava outro comprimido e tornava a dormir. Acordava pela manhã com o corpo dolorido, sem vontade de sair da cama. Ficava assim até o ciclo se reiniciar mais uma vez”, relatou.
“Eu me sentia um mero espectador da batalha que meu organismo travava contra o vírus. Sem poder fazer nada, apenas torcia para que minhas defesas fossem fortes o suficiente para matar o vírus. No nono dia, clímax da doença, temi por complicações. Comecei a ter falta de ar, uma sensação de estar me sufocando. Você tenta sugar o ar, mas ele não chega a seus órgãos. Parece um afogamento seco”, continuou.
Ele ainda disse que seu corpo demorou para voltar ao normal: “Felizmente, tão rápido quanto apareceu, a infecção saiu do meu corpo. Só fiquei totalmente rouco por um bom tempo. Demorei mais de um mês para conseguir cantar”.
Além da Covid-19, Dinho também pegou gripe suína e dengue. Segundo ele, o coronavírus foi o pior: “Nada se compara ao que senti nas semanas em que estive doente. Nunca peguei algo tão forte como esse vírus”.