Dennis DJ resgata memória do funk brasileiro com disco Dennis das Antigas
Em entrevista ao Metrópoles, o funkeiro contou os motivos para revistar os clássicos do ritmo
atualizado
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Dennis DJ é uma máquina: o produtor lança projetos em velocidade impressionante. Seu mais novo trabalho é uma homenagem ao funk raiz – Dennis das Antigas é uma coletânea com grandes sucessos do gênero e chega nesta sexta-feira (27/11).
“Estou nessa desde novo [precisamente, desde 1997]. Sou louco por música, por funk”, diz Dennis DJ, em entrevista ao Metrópoles.
A ideia de trabalhar com os funks antigos veio durante a quarentena. Primeiro no TikTok, quando o DJ apresentou ao público músicas nas quais trabalhou. Depois, veio a live Dennis das Antigas que foi um sucesso de audiência.
O caldo para investir na nostalgia estava pronto. Mas, para Dennis, a cultura funk sempre reverenciou os grandes hits do estilo “Nos bailes e nas festas, sempre tem um momento em que se toca os clássicos. Eu faço isso no Baile do Dennis. O público gosta e pede para isso. É um presente para a galera mais velha e uma novidade para os mais novos”, avalia o músico.
A tracklist conta com O Tamborzão Tá Rolando (MC Koringa), Prisioneira (Bonde do Tigrão), Vem Todo Mundo (Mr. Catra) e Favorita (MC Marcinho), além de outras 11 músicas. Em todos esse clássicos, Dennis DJ trabalhou, seja como produtor ou compositor.
“O público ficou muito surpreendido com a quantidade de músicas que eles conheciam e não sabiam que eu estava por trás, na criação desses hits. Com esses artistas, como Marcinho, Koringa e Bonde do Tigrão, sempre tive ao lado, acompanhando as evoluções do funk ano a ano”, revela Dennis DJ.
Memória
Nascido em Duque de Caixas, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, Dennis DJ cresceu cercado de música. De Benito di Paula a Raça Negra, passando por Nirvana e o funk, o artista amadureceu um gosto musical nos anos 1980 e 1990.
Todo essa mistura fez Dennis DJ entrar muito cedo no mundo da música. E, infelizmente, boa parte dos clássicos da segunda leva nacional do funk, da qual ele foi parte ativa, não está presente no mundo digital.
“Meu público é muito variado, então, o pessoal mais velho, queria ouvir os clássicos. Já a galera nova, tinha vontade de escutar as referências, que não tavam nos streamings, só nos discos”, avalia o DJ. “Tem que restagar essa memória”, conclui Dennis.