Crítica: Rouge volta, mas não empolga em 5 – novo disco após 13 anos
A girl band apresenta EP com cinco faixas animadas, mas sem grandes novidades
atualizado
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É inegável que o Rouge tem espaço cativo na recente música pop brasileira. Foram anos de baladas tocando Ragatanga até cair a caixa de som. No entanto, há 13 anos, Aline Wirley, Fantine Thó, Karin Hils, Li Martins e Lu Andrade não traziam um disco de inéditas: o retorno é com o EP 5.
O comeback do Rouge era algo aguardado. Surgiu como uma ideia, foi ganhando força nas redes sociais, mobilizou uma turnê nacional e virou realidade neste disco. Todo o apelo emocional, é verdade, deixou a expectativa lá no alto: mas, certamente, o produto entregue tem gosto de “faltou algo”.
Em um mundo pop que salienta as qualidades de Anitta, Iza, Pabllo Vittar, Gloria Groove, Silva… o trabalho do Rouge parece um mais do mesmo, uma miscelânea de influências internacionais com pouco tempero brasileiro.
É ruim? Não. Mas deixa a impressão de ser algo datado. A fórmula é a mesma de 13 anos atrás, mas que segue rendendo resultados dançantes.
Logo de cara, as meninas apresentam Solo Tu, faixa com identidade Rouge. Pop com frases em espanhol. Em seguida, Beijo na Boca, com participação de Vitão, é a melhor canção do EP: moderna, com boa batida, produção interessante.
Dona da Minha Vida, single de retorno do grupo, tem uma base eletrônica bem ousada para o padrão do pop nacional, mas, sinceramente, não é o melhor trabalho do disco – o que acontece com os compositores nacionais: toda música agora precisa fazer referência a um “copo de gim”.
Sem Temer é o tipo de balada necessária a toda e qualquer girl band. Daquelas que a gente ouve e nunca mais sai da cabeça. Te Ligo Depois tem tempero saudosista, no ritmo dos anos 1990.
Como quase todos os retornos, o Rouge traz poucas novidades, apenas um disco simples e dançante. Vale ouvir, vai tocar nas baladas, mas não deve deixar saudades.
Avaliação: Regular