Crítica: Céu acalanta o amor no passado e presente com o disco APKÁ!
Lançado de surpresa nesta sexta-feira (13/09/2019), disco mantém-se próximo de Tropix, mas traz influências modernas
atualizado
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Céu sempre conseguiu bailar lindamente pelo passado e presente em sua produção. E, ao eleger o amor como principal mote de seu novo álbum, APKÁ!, lançado de surpresa nesta sexta-feira (13/09/2019), a cantora mantém-se próxima de seu melhor trabalho, Tropix, ao mesmo tempo em que reverbera influências modernas e eletrônicas falando de sentimentos.
O estranho nome que dá título ao disco nada mais é que uma palavra inventada pelo filho da cantora, Antonino, de três anos, e dita em momentos de felicidade. No trabalho, Céu usa e abusa de um lirismo que pode ser surreal — como na inspiradora Ocitocina — ou diretamente sincero — em Nada Irreal, ela afirma: “Não te prometi o céu/ Nem você a mim o Sol”.
Talvez por manter aproximação com o álbum de 2016, APKÁ! não cause o mesmo deslumbramento. Mas isso, nem de longe, diminui a força que Maria do Céu tem de conseguir mesclar sensações passadas com sonoridade contemporânea. E por isso MPB é uma sigla restrita para defini-la.
Avaliação: Ótimo
Confira o texto escrito pela cantora sobre APKÁ!
Toda vez que faço um disco, fico pensando o porquê disso. Claro que a resposta imediata é bem clara e óbvia. Porque eu amo fazer música, porque é como eu vivo e trabalho. Mas existe algo além, que vem de dentro. Uma transformação. Acho lindo esse processo, de todos os artistas, de todos que criam. Meu disco/grito (APKÁ!) tem amor, ternura, contrastes, raiva, incompreensão, incômodos, desejos de renovação. Feito por uma pessoa que tá buscando respostas, brasileira, mulher, mãe, compositora e cantora, vivendo a loucura que tem sido viver em 2019 no Brasil, planeta Terra. E só quero agradecer por vocês estarem comigo nesse rolê. Que momento, amigos!
Lua cheia, quem quer escutar um som?
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