Crítica: Anitta e Pabllo Vittar mostram que pop do Brasil está no topo
Com os shows no Coachella 2022, as duas artistas comprovaram o grande momento da música pop produzida em solo nacional
atualizado
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Talvez quem não acompanhe muito o mundo da cultura pop desconheça que o Coachella é um dos mais (se não o principal) evento do mundo nessa área. O festival, que ocorre na Califórnia, reúne as estrelas mais hypadas. E, em 2022, duas delas são brasileiras: Anitta e Pabllo Vittar.
Na sexta (15/4), Anitta subiu ao palco do Coachella para cantar. A cantora que chegou a “meca do pop” não é mais aquela que estorou com Show das Poderosas: é a estrela internacional conhecida pelo hit Envolver e que acumula parcerias com Diplo, Snoop Dogg e Cardi B.
Em 45 minutos de show, Anitta tocou suas músicas voltadas ao público internacional, colocou a plateia para dançar funk, deixou a voz de Ludmilla em Onda Diferente, montou uma favela cenográfica e ganhou elogios da imprensa dos Estados Unidos.
Representatividade
Um dias depois, no sábado (16/4), foi a vez de Pabllo Vittar fazer uma apresentação, para resumir em uma única palavra, emocionante. E é impossível analisar o show se entender tudo que ele representa. Em um país que exportou RuPaul para o mundo, Pabllo Vittar foi a primeira drag queen a se apresentar no palco do Coachella.
E toda a representatividade LGBTQIAP+ estava ali no palco. Não à toa, quando acabou a apresentação, a cantora caiu no choro, enquanto o público cantava o nome dela em coro.
Mas também teve muita música. Pabllo levou os ritmos populares do Brasil para uma plateia gringa (com alguns brasileiros, é claro) se jogarem com a energia dela. Por aqui, fizemos nossa parte, o canal do palco da artista no YouTube superou o principal do Coachella.
Anitta e Pabllo Vittar provaram no Coachella 2022 que a música pop brasileira está entre as melhores do mundo. Que bom!