Corpo de Gal Costa chega à Alesp; velório será aberto ao público
Ícone da música popular brasileira, Gal Costa morreu na quarta-feira (9/11), aos 77 anos. A causa do óbito não foi revelada
atualizado
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São Paulo (SP) — O corpo da cantora Gal Costa, ícone da música popular brasileira que morreu na quarta-feira (9/11), aos 77 anos, está na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para o velório da artista, que será aberto ao público.
Por volta de 6h, o corpo da cantora chegou ao local. O velório começou às 9h, no Hall Monumental da Alesp. Apesar de a cerimônia ser aberta ao público, o enterro será fechado para familiares e amigos próximos.
Fãs fazem fila para se despedir da artista. Famosos, como Jorge Ben Jor, Angélica e Luciano Huck, Ana Furtado e Boninho, Silvio Santos, Rita Lee e outros, enviaram coroas de flores para a Alesp.
A viúva e o filho da cantora, Wilma Petrillo e Gabriel, estiveram no velório da artista. Sophie Charlotte, que viverá Gal Costa no filme Meu Nome é Gal, com previsão de estreia para o próximo ano, também compareceu ao local, assim como o ator Julio Andrade.
Considerada uma das maiores cantoras brasileiras de todos os tempos, Gal Costa morreu na manhã de quarta-feira (9/11), aos 77 anos. A causa da morte ainda não foi confirmada. A artista deixa um filho, Gabriel, de 17 anos.
Trajetória de Gal Costa
Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em Salvador, na Bahia. Ela começou a cantar na adolescência, em festas escolares; ainda jovem, Gal trabalhou em uma loja de discos, onde conheceu a bossa nova.
Em 1964, ela se juntou a Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Tom Zé e outros, no espetáculo Nós, Por Exemplo, que inaugurou o Teatro Vila Velha, em Salvador.
A primeira gravação se deu no disco de estreia de Maria Bethânia (1965): o duo Sol Negro (Caetano Veloso), seguido do primeiro compacto, com as canções Eu vim da Bahia, de Gilberto Gil, e Sim, foi você, de Caetano Veloso. Ambas as obras foram lançadas pela RCA, que posteriormente se transformou em BMG (atualmente Sony BMG) – gravadora à qual Gal retornaria em 1984, com o álbum Profana.
Em 1968, Gal gravou duas músicas do álbum do Tropicália ou Panis et Circencis, lançado por ela, Caetano, Gilberto Gil, Nara Leão, Os Mutantes e Tom Zé. A cantora também esteve presente no 4º Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, com a canção Divino Maravilhoso, com a qual conquistou o terceiro lugar do concurso. No ano seguinte, mais dois álbuns foram lançados, Gal Costa e Gal, com músicas de Roberto Carlos e Erasmo Carlos.
Durante o período de ditadura militar no Brasil, a artista tornou-se representante do tropicalismo no país. Com o álbum Fa-Tal: Gal a Todo Vapor, gravado ao vivo, a cantora reforça a sua representatividade dentro do tropicalismo, enquanto os seus parceiros Caetano e Gil estavam exilados.
Em 1993, Gal lançou o premiado disco O sorriso do gato de Alice, produzido por Arto Lindsay, com o sucesso Nuvem Negra (Djavan). A partir dessa obra, produziu o show de mesmo nome, com direção de Gerald Thomas; a apresentação causou polêmica após a cantora aparecer com os seios à mostra enquanto entoava a música Brasil.
Ao longo de seus mais de 55 anos de carreira, Gal somou 43 álbuns, 12 DVDs e 16 participações especiais na televisão. Já foi indicada cinco vezes ao Grammy Latino e conquistou o Prêmio da Música Brasileira (2016), na categoria de Melhor Cantora.