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Conheça o DJ Bhaskar, o irmão gêmeo de Alok que busca seu espaço

O artista viaja o Brasil e o mundo com seu projeto solo. Próxima apresentação em Brasília será no dia 16 de setembro

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1 de 1 dj-2 - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Alok é uma unanimidade no cenário eletrônico brasileiro: em termos de nome, agenda e popularidade, é o maior DJ do Brasil. Aqui em Brasília, seu irmão gêmeo, Bhaskar, segue na mesma toada: turnês internacionais, apresentações lotadas e críticas positivas. As semelhanças se encerram no sobrenome Petrillo e na data de aniversário. O mais novo, nascido minutos depois, busca imprimir um estilo mais raiz no cenário eletrônico.

“No começo (há cerca de um ano) todo mundo me associava muito à imagem do Alok. Porém, acho que agora isso diminuiu, as pessoas viram que tenho meu jeito, minhas referências”, conta Bhaskar. A comparação não incomoda o artista, que tem no irmão grande fonte de inspiração. Ele apenas deseja seguir caminho próprio na indústria fonográfica.

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Os pais de Bhaskar e Alok são os fundadores do festival Universo Paralelo
Jovem gosta de passar horas no estúdio, em Águas Claras
O irmão Bhaskar também buscou seu próprio caminho e segue a carreira cada vez mais descolado do parente
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Música na família: pai, mãe e irmão DJs

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Os pais de Bhaskar e Alok são os fundadores do festival Universo Paralelo

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Jovem gosta de passar horas no estúdio, em Águas Claras

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O irmão Bhaskar também buscou seu próprio caminho e segue a carreira cada vez mais descolado do parente

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O rapaz, de 26 anos, tem um jeitão tranquilo, até um pouco tímido. No estúdio, localizado em um prédio de Águas Claras, Bhaskar passa horas produzindo músicas, planejando datas e organizando viagens. Sempre acompanhado de quatro assessores, amigos dos tempos de La Salle. A carreira solo começou há um ano. Mas a trajetória como DJ é longa: 14 anos.

Aos 12, começou a brincar ao lado do irmão, Alok. Em 2006, apresentaram-se no Universo Paralelo — festival mantido pelos pais, Swarup e Ekanta. A coisa ficou séria e os meninos decidiram se aprimorar. Foram a Londres, meca do psytrance na Europa. Na Inglaterra, porém, o plano deu um pouco errado.

Vimos que a vida não era fácil. Trabalhamos em várias profissões diferentes. Nesse clima meio tenso, a gente rompeu a parceria. Eu abandonei a vida de DJ e foquei em outras coisas. Voltei ao Brasil e fiquei longe das CDJs por 2 anos. Aí, depois de uma experiência com minha ex-namorada, montei meu projeto solo.

Bhaskar Petrillo

Há pouco tempo sozinho nos palcos, Bhaskar já teve a chance de tocar nos cinco continentes. Com destaque para a Ásia, onde fez o maior número de apresentações. O jovem está no quadro da Artist Factory, que tem Alok como um dos sócios, e já é presença confirmada no Ultra Festival no Rio de Janeiro (12, 13 e 14 de outubro). Em Brasília, toca neste sábado (16/9).

Mainstream x raiz
Bhaskar sabe que hoje está mais próximo do mainstream que da cena underground. “Não vou nadar totalmente contra a maré. Já tive muito esse questionamento e aprendi a lidar com isso. Só não abro mão da minha personalidade”.

A inspiração é o australiano Flume. DJ de som experimental, distinto das batidas repetidas tão populares na Eletronic Dance Music (EDM). Mesmo assim, o astro alcançou popularidade e figura nos principais line-ups do mundo.

Mesmo buscando se consolidar no mercado pop, Bhaskar ainda questiona práticas dessa indústria. “Os contratantes no Brasil olham o número de seguidores que você tem. Algumas pessoas tocam sempre só porque possuem uma rede social bombada”, critica. Com origem no psytrance, marcado pelos festivais e raves, o DJ tenta imprimir essa vivência nas músicas e no palco. “Como artista, aprendi a lidar com esse cenário, mas sempre dou uma escapada para a cena underground”.

Águas Claras boy
Nascido em Goiânia, o DJ mora em Brasília desde a adolescência. Chama a capital de casa, mas, de todos os locais, tem um predileto. “Sou muito ‘águas clarense’. Me mudei quando não tinha nada aqui e vi isso crescer. Gosto demais”.

Durante a semana, estuda, fica em casa, assiste à Netflix e vai à academia. Tudo no bairro que adotou na cidade. Nos fins de semana, viagens e baladas. Entre um voo e outro, ele aproveita para atualizar a lista do Spotify. “Escuto música eletrônica, mas não as que toco. Não ouço as minhas, nem as do Alok. Curto coisas como trap, future bass e chill-out”.

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