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Conheça as cinco melhores tendências da música pop em 2016

O que Beyoncé e Marília Mendonça têm em comum? Ambas estão nos melhores momentos da música pop reunidos pelo “Metrópoles”

atualizado

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Marilia mendonça beyonce
1 de 1 Marilia mendonça beyonce - Foto: null

A percepção é unânime: o ano de 2016 foi, sem dúvidas, cheio de emoções. Até entre quem defende os últimos meses, não há como negar que eles foram palco de acontecimentos que causaram mudanças importantes no mundo. No universo da música pop não foi diferente.

Durante o ano, tivemos o retorno de nomes consagrados, a popularização de novos estilos e o surgimento de artistas promissores. Para te deixar por dentro do que aconteceu de melhor durante o ano na música pop, o Metrópoles reuniu as cinco melhores tendências do estilo em 2016.

Ilya S. Savenok/Getty Images
Cantora Solange Knowles, irmã de Beyoncé, fez álbum com propósito social

 

1) O pop com propósito:
Por muito tempo, a música pop foi vista apenas como diversão escapista e sem conteúdo. Nos últimos anos, essa percepção vem se transformando e, em 2016, a mudança atingiu um ápice. Diversos artistas utilizaram as batidas do pop como fundo para transmitir fortes mensagens políticas e sociais.

É o caso das irmãs Knowles, por exemplo. Tanto Beyoncé quanto Solange lançaram discos que trazem uma perspectiva das atribulações pelas quais passam as mulheres negras. Tove Lo fez do seu “Lady Wood” um dos álbuns mais feministas do ano enquanto Frank Ocean trouxe, com “Blonde”, uma série de reflexões sobre sexualidade e raça.

O trabalho mais político do ano, no entanto, é da cantora transgênero AHNONI (ex-Antony Hagerty, do Antony and the Johnsons). Em “Hopelessness”, ela utiliza batidas minimalistas e sua voz melancólica para tratar de temas como a guerra na Síria, o governo norte-americano e o aquecimento global. O efeito mais devastador vem com “Drone Bomb Me”, escrita da perspectiva de uma criança que perdeu os pais na guerra. Hipnotizante e avassalador, o trabalho é um exemplo perfeito de pop com propósito.

 

2) O fenômeno do sertanejo feminino
Não há para onde fugir: 2016 foi das mulheres do sertanejo, que dominam a consciência coletiva há alguns meses. As duplas Maiara e Maraisa e Simone e Simaria, e as cantoras Naiara Azevedo e Marília Mendonça estiveram em todo lugar neste ano. E o sucesso delas é evidenciado pelos números, já que as garotas aparecem como alguns dos artistas mais ouvidos em aplicativos de streaming.

Além de trazerem hits como “Infiel” e “50 Reais”, as cantoras conseguiram cultivar um nicho próprio em um ambiente tradicionalmente dominado por homens. E ainda fizeram isso mantendo a autenticidade intacta, com músicas que finalmente trazem uma perspectiva feminina forte para o sertanejo. Que essa tendência continue a crescer no ano que vem.

 

Facebook/Reprodução
Pablo Vittar se uniu ao produtor internacional Diplo

 

3) O crescimento do pop LGBT no Brasil
O ano de 2016 também trouxe muito sucesso para artistas da comunidade LGBT brasileira. O talentosíssimo Rico Dalasam lançou seu primeiro disco, “Orgunga”, título em referência às palavras orgulho negro e gay. Liniker e sua banda, os Caramellows, vieram com tudo no álbum “Remonta”, e Silva causou alvoroço ao assumir a bisexualidade no clipe de “Feliz e Ponto”.

O cenário musical de drag queens também teve um ano muito bom: Lia Clark lançou o ótimo e explícito EP “Clark Boom”, enquanto a brasiliense Aretuza Lovi se juntou a Gloria Groove para o bem produzido clipe de “Catuaba”. A maior representante do gênero, no entanto, é Pabllo Vittar, que tem conseguido manter o sucesso alcançado com “Open Bar”.

O mais recente clipe dela, “Nêga”, conseguiu 650 mil visualizações em cerca de um mês e o já anunciado primeiro disco, “Vai Passar Mal”, terá produção de Diplo, norte-americano conhecido por trabalhar com super estrelas.

 

4) A volta dos ritmos tropicais
Para quem gosta de dancehall, reggae e tropical house, o ano foi um prato cheio. Alguns dos maiores hits do ano como Work, da Rihanna; One Dance, do Drake; Sorry, do Justin Bieber; e Cheap Thrills, da Sia, foram influenciados por esses ritmos. Já no fim do ano, o rapper Sean Paul, principal expoente do gênero, lançou uma colaboração irresistível com a novata Dua Lipa. É impossível ouvir “No Lie” e ficar parado:

 

Reprodução
Rapper Frank Ocean aderiu a onda dos discos visuais

 

5) Os álbuns visuais
Beyoncé popularizou o álbum visual com o lançamento de seu disco homônimo há três anos. Desde então, a tendência vem crescendo e, só em 2016, vimos trabalhos do tipo vindos de artistas como Drake, Frank Ocean, The Weeknd, Tove Lo, Florence + The Machine e da própria Beyoncé, com “Lemonade”.

Os vídeos permitem uma maior imersão na experiência do disco e nos aproximam da visão do artista, além de, em grande maioria, serem muito bem feitos. Que essa tendência também continue em 2017!

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