Camila Jun: a DJ brasiliense que mergulha na economia criativa
Após aproveitar 2019 para se consolidar em festas locais e nacionais, a artista agora investe em um bar/café com personalidade
atualizado
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O brasiliense que curte house e frequenta festas do ritmo já ouviu falar da DJ, publicitária, produtora e empresária Camila Jun. Aos 35 anos, ela é uma das responsáveis pela Sunset Tônita, balada que movimentou Brasília, ao longo de sete meses, em 2019. No último ano, a artista esteve em grandes eventos locais, como o Pavilhão Luz, e nacionais, a exemplo do Universo Paralelo. Agora, em 2020, ela pretende unir a veia criativa ao empreendedorismo.
A DJ promete uma agenda cheia em 2020. A Tônica, parceria com o sócio e namorado Chicco Aquino, deve retornar, além da volta à ativa do coletivo Manas e de outros projetos atrelados à programação cultural e do entretenimento em Brasília. A artista anunciará novidades em breve. Neste momento, ela se dedica à programação de seu mais novo empreendimento, o Brooklyn – Store, Café e Bar, espaço dedicado à gastronomia e à diversão – trabalho, novamente, ao lado do parceiro de sempre.
O local, que funciona na 706/707 Norte, contará com programação cultural durante o funcionamento (até à 0h). “O Brooklyn nasceu de uma ideia do ano passado. Tínhamos um ambiente aqui na Asa Norte totalmente inutilizado, precisando de muitos ajustes de reforma, então pensamos ‘por que não abrir um empreendimento em um lugar diferente da Asa Norte?’ Fizemos o projeto nesta pegada de revitalização, de utilização de espaços públicos e privados também”, explica.
Dessa forma a casa abrange três frentes: uma lojas loja multimarca, um café e um bar. Depois de uma reforma, os sócios investiram na recuperação de todo prédio e da praça ao lado. Agora, buscam aumentar o número de produtores culturais locais para “bombar” a casa. Essa é, na visão de Camila, a junção das carreiras de empresária, produtora e, é claro, DJ.
Trajetória
Camila tem 15 anos de experiencia como publicitária, mas afirma que sempre foi, de alguma forma, ligada às artes. “Eu sempre tive uma conexão muito forte com a música, desde criança. Nasci numa família extremamente musical, sempre que nos juntávamos era uma festa. Além disso, fui bailarina praticamente toda minha juventude, o que me deu experiência com ritmos, palco e expressão corporal”, conta.
Ela sempre frequentou festas de vários estilos musicais, mas, há três anos, decidiu fazer o curso para se tornar DJ. “Fiz aulas na DJ School e, com duas semanas de curso, já me chamaram para tocar em Goiânia. A festa já tinha um público grande e, desde então, meu crescimento foi exponencial”, comemora a empresária.
Logo depois de fazer o curso e ser inserida no mundo dos DJs, Camila idealizou o coletivo Manas: “Foi uma uma ideia de juntar forças femininas para ter maior representatividade. Ainda existem muito mais oportunidades para homem e, às vezes, pelo fato de o numero de produtores homens também ser maior, acaba gerando uma certa dificuldade para nós. Isso gera disparidade grande nas contratações, caches e visibilidade”, lamenta.
As Manas se apoiam de diversas maneiras, mas mantendo suas carreiras próprias. Elas se ajudam em fechamento de festas, contratações, inserção nas redes de contatos, além disso, elas se ajudam com planejamentos de comunicação e trocam conhecimentos entre si sem deixar de lado suas próprias carreiras. “É uma rede de apoio que a gente faz para ficar mais atuante na cena”, conclui Camila.