Compositoras do DF estreiam projeto musical Se lança, Mana!
Ana Béa, Clara Muniz, Fernanda Monteiro, Jéssica Carvalho e Mihh Black foram as artistas escolhidas para participar do EP musical
atualizado
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O projeto Se Lança, Mana! selecionou cinco compositoras do Distrito Federal para lançar um EP musical. A coletânea de músicas, que leva o mesmo nome do projeto, está disponível nas plataformas digitais e conta com cinco faixas.
Idealizado por Larissa Umaytá, Letícia Fialho e Thaís Mallon, o projeto selecionou Mihh Black, Clara Muniz, Fernanda Monteiro, Ana Béa e Jéssica Carvalho para produzir e assinar as composições presentes no EP.
O projeto mostra a diversidade de influências e referências das compositoras nascidas ou radicadas no Distrito Federal, indo do R&B ao baião, passando pelo maracatu e pelo samba e com uma faixa instrumental.
Conheça as artistas:
Ana Béa
Nascida na Baixada Fluminense, periferia do Rio de Janeiro, Ana Béa chegou no Distrito Federal em 2003. Depois de cantar na igreja e de ser solista no coral do Colégio Militar de Brasília, a artista passou a se apresentar nos bares da cidade. Em 2017, ela foi selecionada para o Palavra Preta, projeto do Festival Latinidades, e se apresentou no festival SONORA. No ano seguinte, foi o momento de levar ao público o show Aromática, no Teatro Garagem. Desde então, Ana Béa se apresenta em diversos espaços com sua música autoral.
Clara Muniz
A música conduz a vida de Clara Muniz. Desde criança, ela ouvia a mãe cantar alto e forte em casa e, até hoje, domingo é dia de pagode na casa da família no Sol Nascente (periferia do Distrito Federal). Problemas de saúde assustaram a infância da jovem artista, hoje com 18 anos. Porém, foi a música que reergueu Clara nos momentos mais difíceis – no passado e em um presente recente. A pandemia causada pelo coronavírus suspendeu as pequenas apresentações que artista fazia, mas, agora, ela está pronta para voltar com todo gás.
Fernanda Monteiro
Filha de mãe mineira e pai brasiliense, Fernanda Monteiro é a caçula de quatro irmãs, que viveram boa parte da infância em Sobradinho (DF). Apaixonada por música desde criança, ela teve a oportunidade de aprimorar o gosto e o talento nas instituições onde estudou. Participação em corais, grupos vocais, bandas instrumentais e aulas de canto impulsionaram a artista que, aos 15 anos, passou a escrever suas próprias músicas. Em 2022, a cantora e compositora encerrou dois ciclos importantes: ela se forma em licenciatura em música pela UNIS (MG) e no curso técnico de violão popular pela Escola de Música de Brasília. Atualmente, ela também faz parte do grupo Regional Severinas.
Jéssica Carvalho
Geóloga, Jéssica Carvalho acreditou que seguiria a profissão que se formou. Contudo, os planos mudaram quando ela conheceu o mestre Zé do Pife e montou, ao lado de um grupo de amigas, o grupo As Fulô do Cerrado. Rabequeira, percussionista, cavaquinista e encantada pela cultura popular, a artista já passou pelo bloco de percussão Comboio Percussivo e pela Escola de Música de Brasília. Atualmente, ela faz parte dos grupos Chorodelas e Choro Prosa, e toca, toda sexta-feira, no projeto Forrózin cas Fulô, na Infinu (506 Sul).
Mihh Black
Mihh Black nasceu em Belford Roxo e morou Duque de Caxias – ambos municípios da Baixada Fluminense (RJ) – até os 10 anos, quando veio para Brasília. Com pai músico, compositor e cantor, e mãe poeta, a arte sempre teve um espaço importante na vida da arista. Foram anos de aulas de teclado e música teórica na infância; de eventos na escola e na igreja; e de atuação como solista no coral do colégio. Mulher negra, periférica, gorda e com deficiência múltipla (autista e cadeirante/bengalante), a artista sente que o cantar é uma forma de luta, cura e potência.