Compositor Tantinho da Mangueira morre aos 73 anos
Devani Ferreira era um dos baluartes da escola de samba e ganhou duas vezes o Prêmio da Música Brasileira
atualizado
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O sambista e compositor Tantinho da Mangueira, de 73 anos, morreu neste domingo (12/04), no Rio de Janeiro. Tanto a página oficial do artista no Instagram quanto a da escola de samba Estação Primeira de Mangueira confirmaram o óbito. A causa do falecimento não foi divulgada.
Tantinho, cujo nome de batismo era Devani Ferreira, recebeu homenagens nas redes sociais. “Uma perda enorme para a Estação Primeira e para o samba”, diz a Mangueira, em comunicado oficial.
“Nascido e criado no Morro de Mangueira, na favela de Santo Antônio, era frequentador assíduo das rodas de partido-alto no Buraco Quente, Chalé e Três Tombos, favelas que também integram o morro, onde conviveu desde pequeno com personagens importantes da localidade, como: Cartola, Nelson Cavaquinho, Dona Neuma, Padeirinho, Nelson Sargento, Pelado, Carlos Cachaça, Geraldo das Neves e Jorge Zagaia, entre outros”, continuou a agremiação em post no Instagram.
De acordo com o site oficial de Tantinho, ele compôs seu primeiro samba ainda criança, aos 8 anos. À época, mostrou a música ao então presidente Juscelino Kubitschek durante a inauguração de Brasília. O pequeno compositor visitou a nova capital ao lado de Cartola, um dos criadores da Mangueira, em comitiva da escola.
Aos 13 anos, Tantinho começou a fazer parte do grupo de compositores da Mangueira. Foi diretor da Velha Guarda Musical da Mangueira e Baluarte da Escola.
Venceu duas vezes o Prêmio da Música Brasileira, nas categorias de melhor cantor e álbum de samba.