Com menos orçamento, Porão do Rock aposta em bandas locais e inéditas
Ira! e Planet Hemp são exemplos de formações populares que se apresentam pela primeira vez no Porão do Rock
atualizado
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O Porão do Rock está prestes a alcançar 20 anos de presença na agenda cultural de Brasília. Em sua 19ª edição, marcada para este sábado (29/10), no estacionamento do estádio Mané Garrincha, o festival passou por perrengues relativos a orçamento.
Perdeu cerca de 20% de investimento na comparação com o ano passado, segundo o diretor Gustavo Sá. Por isso, o evento apostou na curadoria: 14 atrações locais e 14 de outros estados, incluindo Planet Hemp e Ira! (foto no alto), bandas veteranas e estreantes no evento.
“O orçamento dificultou absurdamente. Mas a gente tem que entender a situação complicada do país e do GDF”, conta. Por outro lado, o diretor valoriza o impacto econômico que o festival tem na cidade. “Gera 1 mil empregos diretos, 4 mil indiretos. Todos os fornecedores são daqui. Metade das bandas são da capital”, completa.
Lineup: novidades, nostalgia e medalhões
Novamente dividido em três palcos – sendo um deles de hardcore e metal –, o Porão começa às 15h e deve terminar lá pelas 4h da madrugada de domingo. Sá entende a necessidade de mostrar novidades. Mas pondera que o evento precisa de nomes conhecidos. “Tem que ter um misto de independentes e artistas que tragam público”.
Nesse sentido, surgem dois grandes nomes que estreiam no line up. O Planet Hemp retornou em definitivo no fim de 2015, com Marcelo D2 e BNegão no comando. A banda Ira!, por um desencontro cronológico, também nunca tocou no Porão.
Nasi e Edgard Scandurra vêm para comemorar os 30 anos do disco “Vivendo e Não Aprendendo”, que revelou faixas como “Envelheço na Cidade” e “Dias de Luta”. Nos palcos principais, ainda se apresentam o rapper Emicida e o grupo Nação Zumbi, que deve lembrar as duas décadas do disco “Afrociberdelia”, o último com Chico Science ainda vivo.
Quem também deve repassar os hits da carreira é o extrovertido Supla. Na gaveta das bandas novas e emergentes, os goianos da Boogarins também estreiam no Porão. Retornam ao evento a Far From Alaska, de Natal (RN), e a brasiliense Darshan.
No palco pesado: Henrique Fogaça e cia
Para o espaço dedicado a grupos hardcore e metal, Sá preferiu não escalar um headliner do porte de Sepultura, Angra ou Ratos de Porão. Bandas em diferentes fases compõem a programação. Uma que deve chamar a atenção do público é a Oitão (SP), criada em 2009 por Henrique Fogaça, chef de cozinha e jurado do programa “MasterChef Brasil”.
“Há uns três anos ele vinha pedindo pra tocar no Porão”, revela Sá. Vodoopriest e Worst são outras novidades vindas de São Paulo. Antes de a Project 46 (SP) encerrar a noite, a brasiliense Lost In Hate, há nove anos na ativa, faz sua despedida dos palcos.
Festival Porão do Rock – 19ª edição
Dia 29/10 (sábado), às 15h. No estacionamento do Estádio Nacional Mané Garrincha (Eixo Monumental). Ingressos a R$ 20 (pista) e R$ 60 (camarote). Preços de meia mediante doação de 1kg de alimento não perecível, a ser entregue na portaria e na hora de entrada do festival. Ingressos à venda na Bilheteria Digital e pelas lojas Abriu pro Rock, Born, Chilli Beans, Do Meu Jeito, A Gringa The House, Overstreet. Veja programação dos shows. Não recomendado para menores de 16 anos.