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- Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
Em formato mais enxuto, o Porão do Rock chega à 20ª edição neste sábado (25/11) com um line-up que investe na variedade de estilos, gerações e sons. É o segundo evento cultural mais tradicional da capital, atrás somente do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (50ª edição em 2017).
“O Porão foi criado para ser a plataforma do rock da cidade, guardião mesmo. Talvez o nome seja esse, Guardião do Rock. Tanto que todo ano metade da programação é formada por bandas de Brasília”, define o produtor Gustavo Sá, 51 anos.
Em 2017, os três palcos comportam a veterana da MPB Elza Soares e os metaleiros do Sepultura como atrações principais. A edição reúne ainda nomes como Baiana System, Black Alien e Dona Cislene, uma das mais populares revelações da cena local nos últimos anos.
Relembre destaques de todas as edições anteriores do Porão do Rock:
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Dona de um dos discos mais cultuados do rock alternativo brasileiro nos anos 1990, a banda Maskavo Roots foi uma das 14 atrações do primeiro Porão, em 1998
Zé Maria Palmieri/Divulgação
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Outra fundamental formação brasiliense da geração formada entre os anos 1990 e 2000, o Bois de Gerião se apresentou na segunda edição, em 1999, com outras 22 atrações
Kazuo Okubo/Divulgação
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Realizado pela primeira vez em dois dias, o Porão do Rock chegou ao ano 2000 com 41 atrações espalhadas em dois palcos. Uma das principais foi a então novata Móveis Coloniais de Acaju. No fim de 2016, a formação decidiu anunciar uma pausa por tempo indeterminado
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A primeira de quatro participações do Ratos de Porão no festival aconteceu em 2001, no palco principal
Marcos Hermes/Divulgação
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Respeitadíssimos sobretudo nos anos 1990, os metaleiros do Sepultura completam cinco shows no Porão em 2017. A estreia no festival se deu em 2002, entre os discos "Nation" (2001) e "Roorback" (2003)
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Los Hermanos
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Prestes a se despedir do público de Brasília em 2 de dezembro, antes de entrar numa pausa sem data para terminar, O Rappa tocou no festival somente uma vez. No repertório, músicas do álbum "O Silêncio Q Precede o Esporro" (2003)
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Em 2005 e 2006, o Porão esticou a programação para três dias de shows. Liderada por Fernanda Takai, a banda mineira Pato Fu estreou no festival em 2005 e repetiu a visita cinco anos depois
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Titãs
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Clássica formação da cena grunge de Seattle e ainda na ativa, a Mudhoney é um dos grandes nomes internacionais que já passaram pelo Porão. Em 2007, o quarteto se dividiu entre clássicos e canções de "Under a Billion Suns" (2006)
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Outro grande nome gringo a passar pelo Porão foi a banda inglesa Muse, em 2008. No auge do sucesso internacional, o vocalista Matt Bellamy explorou seu falsete para desbravar os hits do álbum "Black Holes and Revelations" (2006), o mais popular do trio
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Outra banda internacional que veio em grande momento foi a californiana Eagles of Death Metal, projeto criado por Jesse Hughes e Josh Homme (do Queens of the Stone Age) e completado por músicos convidados. A formação veio a Brasília em 2009 sem Homme, rara presença nas excursões
Wikimedia Commons/Divulgação
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Bastante identificada com a capital – o brasiliense Gabriel Thomaz criou a icônica Little Quail & The Mad Birds –, o Autoramas figura entre as bandas mais presentes no Porão. Empatada com D.F.C. e Ponto G com seis apresentações e só atrás de Raimundos (sete) e Zamaster (oito), o grupo veio pela última vez em 2015, já com a mais recente formação (foto)
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Liderada desde sempre por Page Hamilton, a Helmet trouxe o melhor de seu metal alternativo ao Porão em 2011, transitando por seus melhores discos – "Meantime" (1992) e "Betty" (1994)
Jacob Blickenstaff/Reprodução/Facebook
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A edição de 2011, a maior de todas (43 atrações), foi tão boa que merece outro destaque. Com um estilo que transita ferozmente entre rockabilly, rock garageiro e punk, a Jon Spencer Blues Explosion fez uma das grandes performances da história do festival
Stefano Giovannini/Divulgação
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Líder da extinta Supergrass, responsável pelo lado mais alternativo do britpop noventista, Gaz Coombes trouxe seu primeiro disco solo, "Here Come the Bombs" (2012), ao Porão 2012
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Criador da Screaming Trees, banda fundamental do grunge, Mark Lanegan veio ao Porão em 2013 para cantar músicas do grupo, reinterpretar John Cale ("I'm Not the Loving Kind") e explorar canções de seu repertório solo
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Só atrás da Zamaster (oito vezes), banda fundadora do festival, entre as atrações que mais tocaram no evento, a Raimundos já emendou inclusive apresentações em anos consecutivos – 2011 e 2012, 2014 e 2015. O recordista solo é Alf, que acumula nove performances entre shows sozinho e pelos grupos Rumbora e Supergalo
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Apesar da longa trajetória no rock nacional, a Capital Inicial só tocou duas vezes no festival, em 2013 e 2015 (foto)
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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O rap sempre foi uma tradição do Porão e já emplacou nomes como Marcelo D2, BNegão, Black Alien e GOG no line-up. Em 2016, foi a vez de Emicida trazer suas rimas para o palco do festival
Giovanna Bembom/Metrópoles
Por questões de planejamento, a produção do festival preferiu deslocar a comemoração de 20 edições para 2018. “Queremos produzir um livro e um documentário sobre a história do Porão no próximo ano. É uma ideia. Ainda precisamos buscar os recursos que vão viabilizar esses projetos”, avisa Sá.
A segunda edição, com a volta da Plebe, foi incrível. O ano de 2008 foi um divisor de águas, quando trouxemos o Muse. Foi um negócio épico. Em 2009, na Esplanada, tivemos a verdadeira volta da Legião Urbana. Feita por nós, juntando pela primeira vez Dado [Villa-Lobos] e [Marcelo] Bonfá depois de 10 anos. Nessa edição também teve Eagles of Death Metal
Gustavo Sá, produtor
Sá prefere não revelar o orçamento total do Porão 2017, mas diz que a cada nova edição o aporte diminui. “Sempre tem risco de não rolar”, desabafa. “Todo ano tem festival, mas parece que é a primeira edição”.
Veja programação completa do Porão do Rock 2017:
20º Festival Porão do Rock (2017) Sábado (25/11), a partir das 15h, no estacionamento do Estádio Nacional Mané Garrincha. Ingressos (meia-entrada mediante doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 20. À venda na Bilheteria Digital e nas lojas Chilli Beans e Made in Brazil. Não recomendado para menores de 16 anos. Entrada franca para crianças de até 11 anos e pessoas com deficiência