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Com “ANTI”, Rihanna toma as rédeas do seu próprio som

Lançado de surpresa na última quarta-feira (27/1), o álbum passa longe dos hits instantâneos que fizeram a fama da cantora

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Reprodução/Rihanna “Anti”
Rihanna
1 de 1 Rihanna - Foto: Reprodução/Rihanna “Anti”

Antes de começar, um aviso: se você gosta da cantora Rihanna por hits como Only Girl e We Found Love, as chances de “ANTI” te decepcionar são grandes. Aguardado fervorosamente pelo mundo da música desde o “Unapologetic“, de 2012, o oitavo álbum da musa barbadiana é bem diferente dos sons que a fizeram famosa.

Com ambientação sombria e batidas pesadas, a obra é a mais pessoal da autora. Pela primeira vez, ela tem créditos de composição em todas as faixas do disco. Bem distante também estão produtores como Stargate e Dr. Luke, responsáveis por grandes sucessos de diversas cantoras pop. Mesmo previsto para ser lançado em várias ocasiões durante todo 2015, o álbum só foi disponibilizado na última quarta-feira (27/1), porque Rihanna queria que ele estivesse nada menos do que perfeito. E a dedicação é evidente.

Esse grito por liberdade criativa já aparece na primeira faixa, “Consideration”, que tem participação da cantora americana SZA. Na música, Rihanna afirma: “Eu preciso fazer as coisas do meu próprio jeito, querido”. Em seguida, a interlude “James Joint” introduz o tema principal do álbum: relacionamentos. A faixa declara o amor da cantora ao companheiro e à maconha.

A terceira música “Kiss It Better” é um dos principais destaques. Por cima de guitarras oitentistas pulsantes, ‘RiRi’ canta sobre ex-amantes que querem voltar a ficar juntos. O primeiro single “Work”, com participação do superstar do rap Drake, é a canção mais comercial do disco. Com sotaque carregado e ritmo caribenho, eles cantam sobre duas pessoas que se afastaram com o tempo, situação que parece espelhar a dos dois artistas.

“Desperado” e “Woo” têm as batidas mais pesadas do álbum, e a segunda conta com a participação de Travi$ Scott, mais recente suposto affair da cantora. “Needed Me” é um hino de empoderamento, onde Rihanna dá um fora no ‘ficante’. Já “Yeah, I Said It” traz à tona a sensualidade do “ANTI”, e “Same Ol’ Mistakes” é um cover da música “New Person, Same Old Mistakes”, da banda australiana de rock psicodélico Tame Impala.

O disco termina com quatro baladas que mostram o verdadeiro poder vocal da cantora. “Never Ending” tem melodia similar ao hit “Thank You”, de 1999, da cantora Dido. Na música, Rihanna fala sobre a dificuldade de se apaixonar novamente após o fim de um relacionamento. “Love on the Brain” e “Higher” são influenciadas pelo blues dos anos 1950. A primeira fala de um amor abusivo, e a segunda traz a voz de Rihanna de uma forma não vista antes. A doce faixa final, “Close to You” fala de um casal que vai se afastando aos poucos. O dedilhar do piano empresta ainda mais emoção à canção.

Ficaram fora do álbum os três singles lançados em 2015 (“FiveFourSeconds”, “Bitch Better Have My Money” e “American Oxygen”), que não parecem se encaixar com a proposta do “ANTI”. Apesar de não trazer hits instantâneos, a sensação é de que o disco é o mais coeso e íntimo da cantora. Sombrio, sexual e forte. Rihanna, é um prazer finalmente te conhecer.

Avaliação: Ótimo

Ouça: “Consideration”, “Kiss It Better”, “Needed Me”

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