Chester Bennington, vocalista do Linkin Park, morre aos 41 anos
Músico foi encontrado morto em Los Angeles. Autoridades suspeitam de suicídio por enforcamento
atualizado
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Chester Bennington, vocalista da banda Linkin Park, morreu aos 41 anos nesta quinta (20/7). De acordo com o “TMZ”, ele se enforcou em casa, em Los Angeles. Líder de uma das bandas mais populares dos anos 2000, o artista era casado e tinha seis filhos.
É o segundo suicídio de um roqueiro importante em 2017. No mês de maio, Chris Cornell, das bandas Soundgarden e Audioslave, tirou a própria vida aos 52 anos, também por enforcamento.
Chester Bennington, a grande voz do nu metal
Formada em 1996, no estado americano da Califórnia, a banda Linkin Park alcançou sucesso global ao fabricar uma sonoridade roqueira acessível, juntando elementos de rap rock, guitarras pesadas e cristalinas típicas do nu metal e timbres de música eletrônica.
Já no primeiro disco, “Hybrid Theory” (2000), o Linkin Park enfileirou hits: “In the End”, “One Step Closer”, “Crawling” e “Points of Authority”. O álbum vendeu mais de 27 milhões de cópias mundialmente. Bennington conquistou fãs com performances ao vivo furiosas e a característica voz aguda e urrada.
Com uma forte associação à cultura urbana e um visual que mistura skate, grafite e pose metaleira, o disco seguinte, “Meteora” (2003), consagrou outra fornada de sucessos: “Faint”, “Numb”, “Breaking the Habit”, “From the Inside” e “Somewhere I Belong”.
A forte identificação com a cultura hip-hop levou o Linkin Park a gravar o EP de mashups “Collision Course” (2004), parceria com o rapper Jay-Z. O trabalho mistura músicas dos dois artistas.
Electropop e críticas dos fãs
A Linkin Park começou a abandonar as guitarras do nu metal a partir do CD “Minutes to Midnight” (2007). Em meados dos anos 2000, Chester Bennington formou um projeto paralelo chamado Dead by Sunrise. Entre 2013 e 2015, o músico se apresentou como vocalista da Stone Temple Pilots, banda da qual foi fã na infância.
Mesmo com um considerável estofo popular, a Linkin Park passou a dividir os fãs a cada novo disco. “A Thousand Suns” (2010) e “Living Things” (2012) reforçaram as experimentações eletrônicas iniciadas em “Minutes”.
Após um breve retorno ao metal pesado em “The Hunting Party” (2014), a banda revelou uma vertente electropop no recente “One More Light” (2017), disco que rachou de vez a imensa base de ouvintes.
Alvo de seguidores nas redes sociais, Chester Bennington chegou a dizer em 2017 que gostaria de matar ou socar quem chamasse a banda de “vendida”. Depois, voltou atrás e pediu desculpas.
Vida pessoal
O líder da Linkin Park teve uma atribulada vida pessoal desde cedo. Nascido em Phoenix, Arizona, viu os pais se divorciarem aos 11 anos e, durante a adolescência, procurou consolo nas drogas e no álcool. Em entrevista concedida em 2016, Bennington revelou ter sofrido abuso sexual, por um amigo mais velho, dos 7 aos 13 anos.
A carreira musical começou nos primeiros anos da década de 1990, a bordo das bandas independentes Sean Dowdell and His Friends? e Grey Daze. Ele entrou para a Linkin Park, então chamada de Xero, por audições oferecidas pelo produtor Jeff Blue.
Após rejeições de algumas gravadoras, Chester Bennington e Mike Shinoda, também vocalista, emplacaram contrato para gravar “Hybrid Theory” a bordo da Warner.