Cantor que fez música para Alexandre de Moraes mentiu sobre prisão
Vídeos em que o cantor da banda Arriba Saia afirma ter sido preso por causa da música que fez sobre Alexandre Moraes viralizaram na internet
atualizado
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Vídeos em que o vocalista da banda Arriba Saia, Rony Brasil, fala que foi preso por causa da música Alexandre de Moraes, feita em homenagem ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ganharam a internet no último domingo (2/7). Mas as imagens, muito compartilhadas por grupos bolsonaristas, não passavam de uma mentira.
De acordo com o advogado da banda, Igor Assunção, o vídeo sobre a prisão seria um trecho do clipe da música gravado durante uma viagem. À Folha de S. Paulo, ele alegou que o corte teria vazado.
Nas imagens, Rony Brasil lamenta a falsa prisão. “Não vamos contrariar ordem. Ordem é ordem, mandado é mandado. Mandou prender, a gente vai. Fazer o quê? Responder. Vou ficar aqui preso, qualquer coisa desço para Brasília”, dizia o artista,
A suposta prisão logo ganhou repercussão, mas foi negada pela Polícia Militar da Bahia, Polícia Federal e pelo Supremo Tribunal Federal.
No Instagram da banda, eles anunciaram que Rony Brasil fará uma coletiva on-line nesta quinta-feira (6/7), às 19h, para falar sobre o caso.
Música sobre Alexandre de Moraes
A letra lançada em abril deste ano faz uma série de referências ao ministro do STF, responsável por mandar prender pessoas relacionadas ao governo de Jair Bolsonaro (PL) e também os bolsonaristas que depredaram prédios do poder, em Brasília, em 8 de janeiro.
“Eu nunca vi um homem só, derrubar um batalhão. Ele é careca, exigente, guarda a Constituição. Lá em Brasília todo mundo já tem medo do Xandão: derruba político corrupto, cambada de ladrão”, diz o começo da música. A canção alerta ainda que “se todo mundo andar na linha, Xandão é bom”.
Falta em show
No último domingo (2/7), mesmo dia em que os vídeos do cantor viralizaram, a banda Arriba Saia tinha um show marcado na cidade baiana Serra Preta, mas o grupo não apareceu. O advogado deles afirmou que o cancelamento ocorreu em comum acordo, o que o prefeito da cidade nega.
Antes disso, ele alegou que a banda foi orientada por policiais locais a não tocar a música na apresentação. Depois, ele mudou o discurso e disse que a censura teria ocorrido antes deles chegarem à cidade, momento em que o contrato teria sido desfeito.