Brasiliense Scalene se consolida no rock nacional com novo disco
O EP +gnetite despertou atenção para o trabalho da banda. “São reflexões sobre o mundo”, diz Tomás Bertoni
atualizado
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Expoente da cena rock local, a banda Scalene surfa no sucesso do EP +gnetite – lançado há cerca de um ano. Terceiro disco de estúdio da banda, a produção explora sonoridade diferente, com um mix de influência que passa pela MPB e R&B. Com 400 mil ouvintes mensais no Spotify, o grupo brasiliense trabalha em turnês nacionais e locais.
Sobre o novo álbum, Tomás Bertoni, guitarrista da trupe, valoriza as letras. “A mensagem principal do disco talvez seja empatia, algo que falta muito hoje em dia. A partir [desse sentimento], as pessoas se entendem melhor, evoluem, têm reflexões mais válidas”, avaliou em entrevista ao Metrópoles.
De acordo com Tomás Bertoni, o EP foi feito em duas partes. “Gravamos as músicas Impulso e Zamboni no começo do ano passado. As outras fizemos em Brasília com o [produtor] Diego Marx”.
O álbum discute sentimentos, angústias e questões atuais, segundo o guitarrista. “A intenção era falar sobre o que acontece no mundo de uma forma mais direta. Nos inspiramos em livros, filmes, notícias e músicas”, explica. “Trazer essas novas influências para dentro do nosso som foi uma maneira de nos reinventarmos e inovarmos”, completa.
A banda já tocou em grandes festivais, como Lollapalooza e Rock in Rio. Apesar dos bons resultados, calma é a palavra de ordem. “A gente está se dando o privilégio de não definir nosso futuro”, conta Tomás Bertoni.
A indústria
Nos últimos anos, bandas como Dona Cislene, Lupa e Scalene têm ganhado cada vez mais reconhecimento por seus trabalhos. Para os músicos, esse movimento é fruto do ressurgimento da cena rock em Brasília, sobretudo pela nova postura dos grupos.
Os artistas e as bandas estão, cada vez mais, aprendendo como gerenciar a própria carreira e gerar conteúdo. O mercado está se profissionalizando
Tomás Bertoni