Brasiliense DJ A disputa o título de melhor do mundo no Chile
O artista, nascido na Ceilândia, virou um dos principais nomes da black music no Distrito Federal. Ele é finalista de competição no Chile
atualizado
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Aos 16 anos, Alysson Lopes de Lima, nascido em Ceilândia, curtia um show dos Racionais MC’s em Brasília. No evento, o jovem prestou atenção nos beats que o DJ do grupo mandava nas picapes. Aquilo não saiu da cabeça dele. Anos depois, ele assina como DJ A e disputa o título de melhor do mundo, no Chile, no Red Bull Thre3Style.
DJ A é figura constante na noite de Brasília. Com 16 anos de carreira, ele faz parte das principais festas da capital: Makossa, Melanina e NaPraia. Fora do Distrito Federal, o artista já se apresentou na Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O artista também é o responsável pelas batidas do veterano GOG.
Ao todo, o músico faz oito shows por mês. Nos tempos livres, ele treina no estúdio de casa, em Águas Claras. Essa dedicação fez com que o DJ A vencesse a etapa nacional do Red Bull Thre3Style. A final do torneio mundial ocorre neste sábado (17/12).
DJ A – Set vencedor do Red Bull Thre3style Brasil 2016 from Influenza Produções on Vimeo.
DJ A é mais um da geração de grandes nomes brasilienses que despontam na música eletrônica. “Tem o Alok e o Gabriel Boni (escalado para o Lollapalooza 2017) que estão fazendo coisas muito boas no Brasil e internacionalmente”, conta Alysson, em entrevista exclusiva ao Metrópoles.
O sucesso do brasiliense também está ligado à ascensão do hip-hop e da black music. Antes marginalizados, os estilos agora fazem parte das festas “de playboy”. “O hip-hop atingiu outras classes sociais. Isso rolou em Brasília, com a chegada das baladas ao Plano Piloto, e no mundo. Sempre tem um artista do gênero no top 10 da ‘Billboard'”, analisa.
No topo do mundo
O Red Bull Thre3style é um campeonato mundial de discotecagem. O juri é composto por grandes nomes, como Jazzy Jeff, Mix Master Mike, Craze, Skratch Bastid e Z-Trip. Cada músico tem 15 minutos para mostrar suas habilidades nas picapes.
“O campeonato vem para consolidar uma trajetória e dar mais visibilidade ao trabalho. Estou tendo acesso aos grandes nomes mundiais”, confessa o DJ A.