Bibi Ferreira completa 95 anos e diz: “Não vou parar de trabalhar”
Em turnê com o espetáculo “4X Bibi”, a cantora apresenta-se em Brasília no dia 9 de junho
atualizado
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Conhecida como uma das principais damas da arte brasileira, Bibi Ferreira completa 95 anos nesta quinta-feira (1º/6). Em turnê com o show “4X Bibi”, a cantora não pensa em parar de trabalhar e revela como vai comemorar a data . “Um jantar em casa com a família”, conta.
Marcada para se apresentar em Brasília no dia 9 de junho, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, a artista fala sobre suas inspirações artísticas e do seu carinho pela capital do país.
Metrópoles – Com 95 anos você não pensa em parar de trabalhar. Como é ser artista nessa idade?
Bibi Ferreira – Por dentro me sinto a mesma, com entusiasmo e vontade iguais. O repertório do próximo show… Sempre estou pensando e lembrando músicas. E os arranjos, claro, isso é importantíssimo. Às vezes penso que o corpo não acompanha a cabeça. Mas fazer o quê?
Metrópoles – Está sendo preparado algo especial para o show por conta do aniversário?
Bibi – Não, não, nada em especial. Apenas um jantar em casa com a família. Já estou ensaiando para o meu novo show. Atualmente estou fazendo tanto o “4XBIBI” como um espetáculo só com repertório do Sinatra.
Metrópoles – Você já cantou composições de artistas com estilos muito diferentes, como Edith Piaf, Carlos Gardel e Chico Buarque. Como você conseguiu ter tanta versatilidade na voz?
Bibi – Sempre penso sobre a ótica das bagagens que eles me trazem. Como atriz preciso disso. O Sinatra eu gosto muito, desde sempre. Caymmi será sempre o Caymmi. A mesma coisa o Tom, o Vinicius, o Noel. Na verdade, admiro uma boa letra e uma boa música.
Metrópoles – Você acompanhou a evolução do cenário artístico brasileiro ao longo dos anos. O que você acha da produção nacional atual, com o crescimento de estilos musicais como sertanejo, funk e pop?
Bibi – Acho a diversidade musical brasileira fantástica, muito rica. Assim como acho importante destacar como o teatro musical brasileiro cresceu e amadureceu no país.
Metrópoles – Há um eterno conflito sobre se a arte deve ou não acompanhar as crises políticas e econômicas. O que você pensa sobre isso?
Bibi – Independente da pessoa ser artista ou não, acho muito importante e de muito valor ajudar a melhorar o seu entorno e, por consequência, o de toda a sociedade.
Metrópoles – E Brasília? O que você acha da capital do país?
Bibi – Eu adoro Brasília, a beleza das linhas de Niemeyer. Uma cidade planejada, pensada para as pessoas. Hoje sei que problemas urbanísticos existentes em todos os lugares existem aí, mas isso não tira o charme. Ainda tenho um carinho muito grande por causa do trabalho da Dulcina, que escolheu Brasília para fundar sua escola e seu teatro.
“4XBIBI”
No dia 9 de junho (sexta-feira), às 21h30, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães (Eixo Monumental). Ingressos entre R$ 70 e R$ 250 à venda na Central de Ingressos do Brasília Shopping, na Livraria FNAC do ParkShopping e no site. Não recomendado para menores de 12 anos