Beth Carvalho comemora 70 anos. Relembre fatos marcantes da sambista
Carioca, Elizabeth Santos Leal de Carvalho ganhou fama após lançar o sucesso “Andança”, há 48 anos
atualizado
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Um samba que se preze sempre tem Beth Carvalho no repertório. A carioca nascida em 5 de maio de 1946 ganhou o Brasil e o mundo após lançar “Andança” no Festival Internacional da Canção, em 1968. De lá para cá, Beth tornou-se uma das vozes femininas mais importantes da música popular brasileira e uma figura indispensável quando o assunto é samba.
No ano em que o gênero completa 100 anos, a cantora celebra duas marcas importantes: 51 anos de carreira e 70 de idade. Veja sete fatos importantes que o Metrópoles selecionou para quem quer conhecer um pouco mais sobre a rainha do samba:
Elizeth Cardoso, de fã à amiga
Apesar do pai de Beth ser amigo de Elizeth, “A Divina”, elas se conheceram só quando ambas eram cantoras famosas. Nas entrevistas, a intérprete de “Vou Festejar” sempre lembra com carinho da amiga. Juntas, elas gravaram “Sorriso de Criança”, música de Dona Ivone Lara. O disco de estreia, “Andança”, foi dedicado a Elizeth e a Clementina de Jesus.
Clementina de Jesus, a rainha
Clementina foi uma espécie de divisor de águas na carreira de Beth. A cantora carioca costuma dizer que quando ouviu o canto da Rainha Quelé (como Clementina era conhecida), decidiu ser sambista.
Andança
A música de Paulinho Tapajós, Edmundo Souto e Danilo Caymmi dá nome ao primeiro LP de Beth e foi sucesso na voz da cantora nas décadas de 1960 e 1970. Em 1968, aos 22 anos, ela interpretou a composição no Festival Internacional da Canção, levando o terceiro lugar.
Fundo de Quintal
1977 foi um ano muito importante na trajetória de Beth. A data marca o lançamento do LP “Pé no Chão”, que contou com a participação do Fundo de Quintal – grupo conhecido por levar novos instrumentos para as rodas de samba, como o banjo. A turma liderada por Ubirany, Sereno e Bira Presidente encabeça uma longa lista de afilhados de Beth, que também “batizou” Zeca Pagodinho, Quinteto em Branco e Preto e Alvaro Santos, entre outros.
Nelson Cavaquinho
Conhecido como “O Poeta da Morte”, por suas composições soturnas, Nelson foi um grande amigo de Beth. O mangueirense passava datas como Natal e ano-novo, ao lado da cantora carioca, que dividiu o palco com ele várias vezes no projeto Seis e Meia, no Teatro João Caetano (RJ). Beth – quem tem um disco totalmente dedicado às canções de Nelson. Em 1972, ela gravou “Folhas Secas” e a interpretação faz sucesso até hoje.
Cartola
Beth costuma dizer que sempre que podia ia até a casa de Cartola no Morro da Mangueira. Lá, ela tocava violão com o amigo e comia o delicioso feijão preparado por Dona Zica. Cartola estava sumido do cenário musical quando, em 1975, Beth gravou “As Rosas Não Falam”. Dali em diante a vida do compositor nunca mais foi a mesma.
Política
Socialista, Beth nunca escondeu suas posições políticas. Nos anos 1970 cantou em Cuba e conheceu Fidel Castro. Na década seguinte, a cantora fez história ao participar da campanha Diretas Já. Recentemente, a carioca gravou um samba em tom de protesto ao atual cenário político nacional. A letra diz: “Não vai ter golpe de novo/ Reage, reage meu Povo!”.