Anitta, Alok, Pabllo Vittar e feminejo: 2017 foi da música nacional
As produções brasileiras pipocaram nas rádios do país e nas plataformas de streaming ao longo do ano
atualizado
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O ano de 2017 se encerra com um cenário musical brasileiro bastante ativo e diversificado. Nomes como Anitta, Criolo, Pabllo Vittar, Marília Mendonça e Chico Buarque pipocaram nas rádios do país e nas plataformas de streaming, revelando a busca do público nacional por ritmos e personagens diferentes ao longo dos últimos doze meses.
Anitta incorpora bem este momento da música brasileira. A cantora carioca iniciou agressiva campanha para lançar seu nome no mercado internacional apostando em canções que misturam pop, reggaeton, funk e bossa nova – além de fazer parcerias com cantores nacionais e internacionais proeminentes entre o público jovem.
Assim, ela termina 2017 colecionando sucessos, como “Paradinha”, que teve o clipe mais visto do YouTube nas primeiras 24 horas de lançamento, e “Vai Malandra”, primeira composição a ser executada mais de 1 milhão de vezes em um único dia na plataforma de streaming Spotify e atingir o top 10 da Billboard.
A variedade da música nacional também é marcada pela chegada da drag queen Pabllo Vittar, um dos principais nomes do mercado fonográfico brasileiro atual, além da boa recepção que as canções de Johnny Hooker e Liniker e os Caramelows – voltadas para a luta contra a homofobia – receberam ao longo do ano.
Embora diversidade seja a palavra-chave para este ano, o mercado fonográfico nacional ainda é dominado pelo sertanejo: o Spotify informou que sete de cada 10 músicas tocadas no Brasil pertencem ao gênero. Dessa forma, nomes como Luan Santana, Gusttavo Lima e Wesley Safadão continuam liderando as rádios do país.
Porém, dentro desse universo, Marília Mendonça reinou absoluta em 2017. De acordo com a pesquisa Year in Music, também realizada pelo Spotify, a rainha da sofrência foi a cantora mais escutada do país ao longo deste ano.
Além disso, Marília Mendonça também se manteve na liderança do feminejo, movimento que vem ganhando força dentro da música sertaneja desde 2016, formado por um timaço de cantoras: Simone e Simaria, Maiara e Maraisa e Naiara Azevedo.
Protagonismo feminino
Outros ritmos também se destacaram por meio de vozes de mulheres brasileiras. Iza, cantora de pop e R&B, abriu o show do Coldplay e cantou ao lado de CeeLo Green durante o Rock in Rio 2017. A rapper Karol Conka foi responsável por emplacar músicas que exaltam a força da mulher. Com turnê anunciada na Europa para 2018, a funkeira Ludmilla passou a faturar mais de R$ 1 milhão por mês com seus shows.
As cantoras também ocupam espaços de vasta popularidade na televisão. A cantora brasiliense Dhi Ribeiro integrou a trilha sonora da novela global “A Força do Querer” com a música “Para Uso Exclusivo da Casa”, enquanto Samantha Ayara foi consagrada vencedora da última edição do reality “The Voice Brasil”.
Chico Buarque mostrou que ainda é capaz de fazer música boa com o disco “Caravanas”. O grupo goiano Boogarins trouxe frescor ao indie rock nacional com o CD “Lá Vem a Morte”. MC Livinho agitou a cena noturna com hits como “Fazer Falta” e “Esse Dom”. O brasiliense Alok se tornou um dos melhores DJs do mundo e teve o single “Hear Me Now” entre os mais escutados do país. Entre rap e MPB, Criolo manteve o vigor no samba com as composições do álbum “Espiral de Ilusão”.