Alcione critica fala de Bolsonaro sobre Nordeste: “Respeite Maranhão”
Cantora postou vídeo no Instagram repudiando declaração do presidente sobre a região, chamada de “paraíba” pelo pesselista
atualizado
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Maranhense, a cantora Alcione criticou as controversas declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre o Nordeste. Na sexta-feira (19/07/2019), um áudio vazado de uma conversa com Onyx Lorenzoni, chefe da Casa Civil, flagrou o pesselista usando o termo “paraíba”, preconceituoso e ofensivo, para se referir aos governadores da região e, em especial, Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão.
“Quem quer respeito, se dá”, disse a Rainha do Samba. “E o senhor não está se dando o respeito. O senhor precisa respeitar o povo nordestino. Respeite o Maranhão”, exigiu, em vídeo postado no Instagram.
“O senhor tem medo de facada, tem medo de tiro, mas o senhor precisa ter medo do pensamento. O pensamento é uma força. Pense em mais de 30 milhões de nordestinos pensando contra o senhor? Comece a nos respeitar. Respeite o povo brasileiro”, falou Alcione, vestindo uma camisa personalizada com a bandeira do Maranhão.
Repercussão
Divulgadas ontem, após uma reunião matinal com jornalistas estrangeiros, as declarações de Bolsonaro sobre o Nordeste também repercutem no mundo político. Flávio Dino, alvo do ataque do presidente, disse à revista Época que estuda recorrer à Procuradoria-Geral da República (PGR) para denunciar o pesselista por racismo. Ele disse esperar retratação do presidente.
Ciro Gomes usou o Twitter para chamar Bolsonaro de “Magda das milícias”, em referência ao bordão da série de comédia Sai de Baixo, após a série de falas polêmicas do presidente.
Em nota coletiva, governadores do Nordeste também repudiaram a postura do pesselista.
“Recebemos com espanto e profunda indignação a declaração do presidente da República transmitindo orientações de retaliação a governos estaduais, durante encontro com a imprensa internacional. Aguardamos esclarecimentos por parte da presidência da República e reiteramos nossa defesa da Federação e da democracia”, diz o comunicado.