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MP de Minas vai investigar se André Valadão cometeu homotransfobia

Ministério Público de MG atendeu pedido de Erika Hilton (PSOL-SP) e vai investigar se André Valadão cometeu homotransfobia

atualizado

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1 de 1 André Valadão - Foto: Divulgação

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) abriu um inquérito contra o pastor André Valadão para apurar se ele cometeu crime de homotransfobia quando realizou um culto em junho, mês em que é comemorado o Orgulho LGBTQIA+, chamado Deus Odeia o Orgulho.

De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o MPMG atende uma representação feita pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP).

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A política pede que os posts e vídeos do culto em questão sejam retirados das redes sociais de Valadão.

“Deus odeia o orgulho. Deus não tolera. Uma das palavras mais difíceis para Deus é orgulho. Deus odeia, ele repugna, qualquer atitude de orgulho. Só o uso da palavra ‘orgulho’ Deus já abomina”, disse Valadão durante um culto na Igreja da Lagoinha, em Orlando.

André Valadão causa polêmica

A Associação LGBTQIA+ de São Paulo, por meio do deputado estadual Agripino Magalhães Júnior (MDB), afirmou ao Metrópoles nesta segunda-feira (3/7) que vai entrar com um processo contra o pastor André Valadão por LGBTfobia.

“Desrespeito ao próximo atacando a sexualidade das pessoas não é piada. É LGBTIFOBIA! É CRIME!!! Não basta simplesmente nos indignarmos com casos de LGBTIfobia.Temos que reagir! Criaturas homofóbicas e transfóbicas tem que responder e ser penalizados com rigor pela lei”, disse o político.

A decisão acontece após Valadão incitar a violência contra pessoas LGBTQIA+ durante um culto religioso na Igreja da Lagoinha, em Orlando, nos Estados Unidos, no fim de semana.

“Agora é a hora de tomar as cordas de volta e dizer: pode parar, reseta! Mas Deus fala que não pode mais”, afirma o pastor. “Ele diz, ‘já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso’, agora tá com vocês”, disse ele em um trecho da pregação, repleta de falas homofóbicas. Veja o vídeo aqui.

As falas de Valadão geraram revolta e pedidos de prisão. “Às vezes eu acho que ele tá forçando a barra pra ser preso, ou processador, e dizer: ‘Viu, querem acabar com o cristianismo, estamos sendo perseguidos, vejam vejam!’”, opinou um internauta.

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) também disse, por meio de seu Twitter, que vai representar criminalmente contra o pastor. “Por tudo que sou, pelo que acredito, pela minha família e por tudo que espero para a sociedade, não posso me calar diante do crime praticado por André Valadão. Vamos representar criminalmente para que ele responda por manipular a fé e incitar a violência”, diz ele.

“Em um país onde tanto se mata LGBTQIA+, André Valadão não pode falar em nome de Deus. Deus é união, amor, respeito e tantos sentimentos bons, jamais um incentivador de discurso de ódio e de assassinatos em massa”, completa ele.

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