Morre Harold Prince, um dos magos dos musicais da Broadway
Aos 91 anos, produtor era associado a grandes produções, como Cabaret, Violinista do Telhado e West Side Story
atualizado
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Harold Prince estava em Reykjavik, capital da Islândia, quando morreu, nesta quarta-feira (31/07/2019). A causa da morte não foi divulgada, mas certamente abalou e vai abalar os corações dos amantes de musicais. Aos 91 anos, Prince tinha seu nome associado a grandes produções, algumas já são clássicos imbatíveis, como West Side Story, Cabaret, Violinista no Telhado, Fantasma da Ópera. Uma vasta carreira que lhe garantiu 21 prêmios Tony, o Oscar do teatro americano.
Prince era conhecido por seu toque fluido e direção com toques cinematográficos. Era considerado um profissional intransigente na escolha do material do palco. E gostava de temas desafiantes e excêntricos para musicalizar, como um barbeiro assassino que usava facas com que assava suas vítimas em tortas ou a abertura do Japão, no século 19, para o Ocidente.
Em entrevista telefônica para a agência de notícias AP, o compositor Andrew Lloyd Webber disse era impossível superestimar a importância de Prince para o teatro musical. “Todo o teatro musical moderno deve praticamente tudo a ele.” Lloyd Webber lembrou que, quando jovem, ele havia escrito a música para o fracassado Jeeves e estava se sentindo fraco.
Ainda segundo a AP, Prince escreveu-lhe uma carta pedindo-lhe para não desanimar. Os dois homens se encontraram mais tarde e Lloyd Webber disse que estava pensando em fazer um musical sobre Evita Perón. Prince o convidou pra uma conversa. “Isso foi decisivo para mim. Sem isso, muitas vezes me pergunto onde estaria”, disse Lloyd Webber.
Além de Lloyd Webber,Prince, conhecido pelos amigos como Hal, trabalhou com alguns dos mais conhecidos compositores e letristas de teatro musical, incluindo Leonard Bernstein, Jerry Bock e Sheldon Harnick, John Kander e Fred Ebb, e, mais notavelmente, Stephen Sondheim. “Não faço muita análise sobre os motivos que me levam a fazer algo”, Prince disse uma vez à Associated Press. “Tudo é instinto”.