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Mc Maneirinho critica perseguição: “Caio Castro interpreta traficante e ganha prêmio”

Autor de “Migué”, músico Mc Maneirinho havia sido processado por apologia ao crime. Justiça do Rio arquivou a denúncia

atualizado

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Mc Maneirinho
1 de 1 Mc Maneirinho - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – O músico MC Maneirinho criticou o preconceito contra o funk ao comemorar o arquivamento do processo em que foi acusado por apologia ao crime. Após a decisão favorável no Tribunal de Justiça do Rio, ele afirmou que a liberdade artística deve se estender a todos os segmentos culturais, como as produções audiovisuais ou musicais.

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MC Maneirinho teve a acusação arquivada pela Justiça do RJ
Os dois estavam em um romance na gravação do show
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MC Maneirinho teve a acusação arquivada pela Justiça do RJ

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Os dois estavam em um romance na gravação do show

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Ele ressaltou que o fato de um ator famoso aparecer como um traficante em um filme não faz dele um defensor do crime organizado.

“Eu interpreto a realidade, porra. Para vocês entenderem o nível da ignorância. Cauã Reymond interpretou (um traficante) o filme do Complexo. Palmas! Lindo! Caio Castro interpretou na novela um traficante! Palmas! Lindo! Ganha prêmio. Aí eu, Mc Manerinho, sou marginal, sou tudo de ruim, vou vinculado ao tráfico, tenho que segurar intimação. Isso não existe, rapaziada. Esta ignorância, com todo o respeito, tem que acabar”, desabafou o músico, em seu perfil no Instagram.

MC Maneirinho foi denunciado pelo deputado bolsonarista Rodrigo Amorim (PSL) que apontava a exaltação ao crime na música Migué – um dos hits do artista – por suposta referência a traficantes.

No vídeo publicado no Instagram, ele disse que atacar o autor de uma música é uma tentativa de desviar o foco do problema: “É uma ignorância vincular a gente a um monte de coisa ruim. Todo mundo sabe onde é o problema. Quem pode acabar com a guerra não quer que a guerra acabe. Aí quer culpar funkeiro. Será que sou eu o culpado? As armas brotam do chão? As drogas chegam por onde?”.

“Todo mundo sabe onde começa o tráfico de drogas. Não é uma música do Maneirinho ou do Cabelinho ou seja lá quem for que faz alguém entrar pra boca, pra vida do crime”, acrescenta o músico, que, por medo, deixou de lançar músicas durante o trâmite processual, que durou 10 meses. “Desde que eu era pequeno, o Estado sempre entrou com sangue, sempre entrou com guerra, sempre entrou com tiro. (…) O Estado só quer entrar com morte, guerra, sangue. Como vou botar nas minhas músicas que as coisas são lindas? Não tem como”, completou o MC.

A investigação contra Maneirinho e contra o MC Cabelinho teve origem na notícia-crime, registrada por Rodrigo Amorim. No entanto, a juíza do caso, Maria Tereza Donatti, acatou a recomendação do Ministério Público do Rio e encerrou o processo.

“Graças a Deus, teve a música na minha vida. Imagina se não tivesse? Talvez eu tivesse sido mais um número para político ficar rico. Ao invés de viver essa vida maluca, que me fez perder vários amigos, eu coloquei tudo na caneta (…) Agora, vou continuar fazendo o que mais gosto sem medo”,  concluiu o cantor.

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