Marcos Veras e Nicholas Torres defendem cota para filmes nacionais
Nos cinemas no filme Vai Ter Troco, os atores Marcos Veras, Evelyn Castro e Nicholas Torres enfatizaram a qualidade da produção nacional
atualizado
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Vai Ter Troco chegou aos cinemas no último 17 de agosto, mas não é exatamente fácil de encontrar. Uma pesquisa feita pela equipe do Metrópoles mostra que apenas um cinema exibe o longa nesta segunda-feira (28/7), e apenas em um horário, às 14h. A situação reflete o fim da lei de Cota Tela e a desvalorização dos filmes nacionais.
O assunto tem ganhado força novamente entre cineastas e atores, que defendem esse retorno para incentivar o público. Para o ator Marcos Veras, existe uma retomada de produções e uma busca do público por novidades, mas é preciso dar espaço para as criações brasileiras.
“Passamos por um hiato onde acabaram com a lei da cota de tela nacional e agora há um movimento, novamente, dos profissionais de cinema para retomar essa cota obrigatória. Que não devia ser obrigatória, porque parece uma coisa meio forçada. Mas se tiver que ser assim, que seja. O legal seria, tipo ‘Gente, é natural, vamos colocar os filmes nacionais aí, vamos dar uma dividida, coloca quatro vezes Barbie e não 40′”, analisa em entrevista coletiva.
O argumento dele é reforçado por Evelyn Castro, que é uma das protagonistas de Vai Ter Troco. A atriz pontua ainda a necessidade de os artistas falarem sobre suas produções e incentivarem as pessoas que os acompanham a consumi-las.
Quem também está no longa e acredita no potencial do cinema brasileiro é Nicholas Torres. Ele defende que as pessoas voltaram a ir aos cinemas e que espera que o público aceite cada vez mais os produtos nacionais.
“A gente tem grandes produções nacionais, às vezes melhores ou tão [boas] quanto gringas, mas a galera tem sacado isso e aceito mais produções. Acho que tem dado um movimento de melhora. Muitas produções estão vindo aí para bagunçar e mostrar que brasileiro também pode fazer cinema.”